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Geral

Juros do cheque especial caem 11,7 pontos percentuais

Stenio Ribeiro/ABr - 28 de outubro de 2003 - 15:21

Os juros do cheque especial caíram 11,7 pontos percentuais entre agosto e setembro deste ano. Passaram de 163,9% ao ano para 152,2% ao ano. Já os juros do empréstimo pessoal, caíram de 87,5% ao ano para 83,9% ao ano. No geral, a queda dos juros foi de 3,4 p.p. em setembro, e soma 8,4 p.p. no trimestre, o que remete as taxas aos mesmos níveis praticados em junho do ano passado.

Na opinião do chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, a significativa queda da taxas de juros nos últimos meses, associada ao controle da inflação, "é forte ponto de apoio para a consolidação da economia, conforme observamos com o crescimento das operações de crédito no momento".

Ele revelou que as operações de crédito vêm apresentando crescimento constante de abril para cá, com evoluções mais consistentes nos dois últimos meses, já em função dos efeitos provocados pelas reduções das taxas básicas de juros (Selic), a partir de julho. As tomadas de
empréstimos aumentaram 1,2% em setembro, elevando o total de R$ 385,323 bilhões, em agosto, para R$ 390,136 bilhões no mês passado.

As reduções das taxas para as pessoas jurídicas também foram consistentes, como lembrou Altamir, mas um pouco menores que no caso das pessoas físicas. Nos descontos de duplicatas, por exemplo, as taxas caíram de 51,7% para 48,5% ao ano, com queda de 3,2 p.p.; no desconto
de promissórias, que as empresas pagavam 59%, as taxas desceram para 56,2% em setembro, com redução de 2,8 p.p.; e nos empréstimos para capital de giro foram reduzidas de 42,5% para 39,4%, com queda de 3,1 p.p.

Taxas que, de modo geral, "já são menores no mercado, este mês", segundo Altamir, por causa dos reflexos da redução de 1,5% da taxa básica de juros, pelo Comitê de Política Monetária (Copom), dia 17 de setembro, e queda de mais 1%, no último dia 22. Fator que, associado à
diminuição também do spread bancário, pelo quarto mês consecutivo, com redução de 0,7%, estimula a tomada de créditos. Tanto assim, que a parcial dos primeiros 15 dias de outubro mostra aumento de 0,4% nos empréstimos por empresas e 1,5% nos empréstimos pessoais, de acordo com Altamir, em relação ao mesmo período do mês passado.

O economista do BC revelou também que tiveram influência positiva a demanda sazonal por recursos nessa época do ano, com vistas a aumentar as vendas de fim-de-ano, além do maior volume de recursos na rede bancária, em decorrência da redução do compulsório sobre depósitos à vista. Fator que contribuiu, ainda, para conter a expansão da base monetária, que é o montante de dinheiro em poder do público.

O BC registrou decréscimo de1,7% no saldo de papel-moeda, e de 8,9% no saldo das reservas bancárias, provocando retração de 4% no saldo da base monetária, que somou R$ 56,1 bilhões no final do mês, sendo R$ 39,2 bilhões em dinheiro circulante, e R$ 16,9 bilhões em depósitos
bancários. A retração da base monetária em doze meses é de 7,7%.


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