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Juros deverão continuar caindo, diz ministro Guido

Lourenço Melo/ABr - 28 de março de 2006 - 19:52

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse, logo após tomar posse no Palácio do Planalto, que no passado, realmente se declarou "contrário à estagnação da taxa de juros anual, a Selic", mas entende que "agora que ela está em queda há seis meses, deverá continuar caindo, o que é plenamente justificado pelas condições da economia".

Sobre a Taxa de Juros de Longo Prazo, a TJLP, cuja queda ele vinha defendendo em sua gestão à frente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o ministro afirmou que o cenário atual assegura que ela deverá ter queda maior ao longo deste ano. A TJLP é fixada para cada trimestre e está hoje em 9% ao ano. Ela corrige os financiamentos do BNDES para os projetos de desenvolvimento e fechou 2005 em 9,75%.

Mantega assegurou que manterá a política econômica que vinha sendo seguida, "com aperto fiscal e perseguindo a meta de baixar a inflação. Minha preocupação é fazer uma boa gestão, mantendo os fundamentos da economia sólidos para assegurar o crescimento, visando o ano de 2006". Ele disse que os sinais que vêm sendo obtidos desde o princípio do ano asseguram que "o país caminha para o crescimento sustentável".

O ministro destacou que o crédito já chegou a 30% do Produto Interno Bruto – o total de riquezas produzidas no país – e o ideal é que atinja uma taxa de 40% ou 50% do PIB. No ano passado, segundo Mantega, o mercado de capitais foi responsável por 70% do financiamento da economia.

Para o ministro, a estabilidade econômica favorece o aumento do crédito. Nesse ponto, citou que a nova lei de falências é um fator a mais para assegurar aumento do crédito, uma vez que as empresas contam com defesas, pela nova lei, quando enfrentam dificuldades, e isso dá segurança a quem trabalha com elas.

Ele disse que considera ideal que o país cresça entre 4% e 4,5% neste ano. "Temos que nos congratular com o ex-ministro Antônio Palocci por tudo o que fez à frente do Ministério da Fazenda", disse.

Sobre a troca de cargos no Ministério da Fazenda, o ministro informou "é normal, quando se assume um posto, trazer para trabalhar conosco gente da nossa proximidade. Mesmo assim", informou que "não trocará toda a equipe", e pediu que todos continuem trabalhando normalmente, "pois o ministério tem uma rotina que não pode parar".

A saída do secretário do Tesouro, Joaquim Levy, já era previsível, conforme Mantega explicou, pois recebeu convite para a vice-presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Quanto ao secretário executivo da Fazenda, Murilo Portugal, este "manifestou interesse em deixar o cargo e deverá se dedicar à iniciativa privada", conforme disse o ministro da Fazenda.

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