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Juros: Copom prevê espaço para mais quedas

Stenio Ribeiro/ABr - 30 de outubro de 2003 - 13:18

Brasília - O cenário favorável indica espaço para quedas adicionais da taxa básica de juros (Selic) no futuro, informa a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada na semana passada. Na reunião, o colegiado de diretores do Banco Central definiu redução na taxa Selic para 19% ao ano, principalmente devido ao controle da inflação. As projeções apontam convergência para a trajetória de metas em 2004.

A ata prevê que os índices de preços no atacado e ao consumidor apresentarão variações menores em outubro, em relação ao mês anterior, quando o aumento da inflação "correspondeu a um repique temporário", associado à entressafra de produtos agrícolas e aumento do preço internacional de algumas commodities, como soja, além do reajuste de preços administrados, que tiveram peso de 28,75% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

O Copom admite a existência, ainda, de "pressão de curto prazo", por causa da entressafra agrícola. Mas entende que já começou o processo de reversão no comportamento dos preços de alimentos, conforme tendência verificada às vésperas da reunião pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

De acordo com a ata do Copom, a desaceleração dos preços ao consumidor decorrerá, sobretudo, dos menores reajustes dos itens administrados e monitorados. Apesar da elevação na projeção das tarifas de energia elétrica residencial no ano, de 20,8% em setembro para 21,2% em outubro, as expectativas de aumento tiveram quedas maiores em relação a combustíveis e telefonia fixa.

Os indicadores apresentados pelo Copom sobre o nível de atividades no comércio, indústria e serviços confirmam o cenário de recuperação da economia, com base em pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio) e FGV. Este cenário levou o Copom a admitir que "o quadro de retomada da produção industrial deverá se consolidar nos próximos meses, em função das perspectivas favoráveis para recuperação das vendas reais do comércio".

O Comitê avalia também que "o cenário externo permanecerá mais favorável para a economia brasileira, nos próximos meses, do que em anos recentes". Esta avaliação reflete o bom desempenho do saldo da balança comercial, a redução da dívida atrelada ao câmbio e a queda da volatilidade da taxa de câmbio, com o dólar norte-americano estável em R$ 2,85.

Ainda de acordo com a ata da reunião do Copom, a redução do risco-país, a estabilidade cambial e o bom desempenho das contas externas "são conseqüências da consistente política macroeconômica e da conjuntura internacional favorável, caracterizada por uma perspectiva de crescimento econômico dos Estados Unidos e da Ásia".

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