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Juros: Analistas de mercado reduzem expectativa de queda

Stênio Ribeiro/ABr - 29 de maio de 2006 - 10:54

A reunião que o Comitê de Política Monetária (Copom) realiza amanhã (30) e depois (31) deve marcar a redução do ritmo de quedas da taxa básica de juros (Selic). Depois de quatro quedas seguidas de 0,75%, os analistas de mercado consultados pelo Banco Central na última sexta-feira (26) acreditam que a opção desta vez será por baixa de apenas meio ponto percentual.

Com isso, a taxa passaria de 15,75% para 15,25%, ritmo suficiente, segundo eles, para levar a Selic a 14,25% no final do ano. Essa perspectiva embute a aposta de que a valorização do dólar não ultrapassará R$ 2,20 no final de 2006, embora a cotação do momento esteja acima disso.

Mas os economistas da iniciativa privada crêem que a alta do câmbio é momentânea, em função do nervosismo que tomou conta do mercado mundial nas duas últimas semanas. Basta ver, dizem eles, que a cotação chegou a R$ 2,41 no início da semana; mas, com a calmaria voltando ao mercado, a cotação caiu consideravelmente nos dois últimos pregões.

As previsões constam do boletim Focus, divulgado hoje (29) pelo BC, e revelam que os analistas continuam acreditando no aumento gradativo do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas produzidas no país.

De forma lenta e gradual, eles vêm admitindo o crescimento pontual do PIB há quatro semanas. Depois de projeções de 3,50% de crescimento durante mais de um ano, os analistas de mercado começaram a ver sinais de melhora, e já admitem crescimento de 3,59% neste ano.

O boletim Focus mostra melhora nas previsões de saldo da balança comercial (exportações menos importações) e calcula que a projeção anterior de US$ 40,06 bilhões de saldo deve evoluir para US$ 40,50 bilhões.

Abaixo do saldo de US$ 44,7 bilhões do ano passado, mas suficientes para garantir superávit (saldo positivo) de conta corrente ao redor de US$ 9 bilhões no final do exercício financeiro, depois de computar todas as transações comerciais e financeiras com o exterior.

A pesquisa do BC revela, ainda, que o crescimento da produção industrial será mesmo de 4,50% neste ano, e que a relação entre dívida líquida do setor público e PIB será de 50,50% no final de 2006. Isso equivale dizer que o poder público (União, estados e municípios) deve mais da metade de tudo que o país produz. E essa relação cai de forma muito lenta; tanto que os analistas de mercado calculam redução de apenas 1,4 ponto percentual (para 49,10%) durante todo o ano de 2007.

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