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Jurista defende acordo para combater lavagem de dinheiro

Érica Santana - Abr - 10 de dezembro de 2005 - 12:29

Tráfico de drogas e de seres humanos, terrorismo, corrupção e crime organizado são algumas das principais fontes de geração de dinheiro ilícito, segundo o jurista norte-americano Bruce Zagaris. Especialista em movimentações financeiras internacionais e paraísos fiscais, Zagaris participou do 3º Encontro da Estratégia Nacional de Combate à Lavagem de Dinheiro, onde fez palestra sobre transações financeiras ilícitas na América Latina.

Segundo ele, o crime organizado e a corrupção são a maior fonte de lavagem de dinheiro no Brasil. Para o jurista, uma das melhores formas de combate a essas práticas é a assinatura de acordos de cooperação internacional. No caso brasileiro, ele sugere a melhoria das leis de assistência mútua. "Isso é importante porque nos últimos anos o Brasil fez muito menos solicitações aos países do que as demais nações fizeram ao Brasil", disse.

Ele sugere que o Brasil também considere a assinatura de acordos com paraísos fiscais "porque alguns deles estariam dispostos a negociar alguns acordos com o Brasil, mesmo que seja necessário oferecer algum benefício em relação a isso".

Zagaris acredita que o país mais importante para o Brasil, como paraíso fiscal, seria os Estados Unidos. "É o lugar onde está a maior parte do dinheiro dos brasileiros", afirma. Ele lembra que os dois países não têm qualquer acordo voltado para a taxação de impostos. "Se eu fosse o Brasil, eu conseguiria um acordo com o lugar onde está a maior parte do meu dinheiro".

Frisou que o Brasil precisa desenvolver ações pró-ativas no combate aos crimes financeiros,mas reconheceu que o país tem avançado nesse sentido, principalmente com criação do Gabinete de Gestão Integrada de Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro (GGI-LD), vinculado ao Ministério da Justiça.

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