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Júri condena salgadeiro por homicídio

TJGO - 20 de julho de 2007 - 07:07

O salgadeiro José Luiz Rodrigues do Nascimento, de 24 anos, foi condenado ontem (19) pelo 1º Tribunal do Júri de Goiânia a 12 anos e 1 mês de reclusão por homicídio duplamente qualificado - motivo fútil e emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima - contra o vendedor autônomo Lindomar Ribeiro da Cunha, então com 31 anos. O juiz José Augusto de Melo Silva, que presidiu a sessão, determinou que o réu permaneça preso, uma vez que é reincidente, até que seja transferido para a Penitenciária Odenir Guimarães, antigo Cepaigo, onde cumprirá a pena em regime inicialmente fechado.

O crime foi cometido na noite de 26 de dezembro de 2004, próximo a um bar localizado na Rua Belo Horizonte, do Setor Jardim Guanabara I, em Goiânia, quando José Luiz desferiu três tiros em Lindomar. De acordo com a denúncia, participaram também do assassinato o marceneiro Francisco Gomes dos Santos, o Dedé, e o lanterneiro Flávio Albuquerque Pimenta, o Chinês. No dia do crime, os três foram ao Córrego João Leite onde, além de ingerir bebida alcoólica, decidiram comprar drogas de um traficante, identificado apenas por Ceará.

Por volta das 21 horas, eles foram ao bar e, por não ter encontrado Ceará no local, José Luiz disse a Flávio que conseguiria a droga de uma das pessoas que estavam ali, que, por sua vez era Lindomar. Diante disso, Francisco chamou a vítima e lhe falou que ele e os amigos queriam meia lata de merla. Após ter dito que não dispunha de tal quantidade da substância e que não negociaria com José Luiz, o vendedor autônomo virou-se para ir embora, instante em que o réu atirou duas vezes nas costas da vítima.

Lindomar caiu e José Luiz desferiu mais um tiro, que acertou a cabeça. Em seguida, os três fugiram. Segundo o Ministério Público, Francisco e Flávio deram cobertura ao crime, pois no momento da execução impediram a vítima de ter qualquer tipo de reação. Dos autos consta, por meio de depoimentos de testemunhas e a versão do próprio réu, que tanto Francisco quanto Flávio não participaram do assassinato - tendo sido impronunciados - e que, ao terem visto José Luiz sacar a arma, fugiram.

Ouvido em juízo, José Luiz reconheceu parcialmente a autoria do homicídio dizendo que durante a discussão que teve com Lindomar, referente à venda da droga, o vendedor autônomo disse que o iria matar. Ainda segundo o salgadeiro, após cerca de três minutos de discussão com a vítima, ele desferiu o primeiro tiro, não sabendo onde este acertou, já que estava escuro, para logo depois efetuar outros disparos e ir embora. O réu contou que uma semana depois do fato vendeu a arma para um caminhoneiro, ocasião em que soube que Lindomar havia morrido. (Sheila Cavalcante)

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