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Jungmann quer ser investigado por suposta irregularidade

Agência Câmara - 16 de janeiro de 2007 - 07:13

O deputado Raul Jungmann (PE), vice-líder do PPS, assinou nesta segunda-feira dois pedidos de investigação contra ele próprio. Jungmann quer que o Conselho de Ética e o PPS investiguem seu suposto envolvimento com irregularidades no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na época em que foi ministro do Desenvolvimento Agrário, durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Jungmann e mais oito pessoas foram denunciados pelo Ministério Público por causa de supostas irregularidades em contratos com as empresas de publicidade Casablanca e Artplan, entre 1998 e 2002. O prejuízo estimado é de R$ 33 milhões.

O parlamentar negou ter participação em desvios de recursos, e disse que deseja ser investigado com rigor. "Se for comprovado que fiz qualquer desvio de recursos em proveito próprio, que entrou dinheiro na minha conta, no meu bolso, eu renunciarei ao meu mandato. Podem escrever isto", afirmou, em entrevista coletiva. "Nem um centavo entrou no meu bolso e nem dos demais acusados", acrescentou.

Entre os problemas apontados pelo Ministério Público, estão termos aditivos irregulares, subcontratação de empresas fantasmas, compra de notas fiscais frias, pagamento por serviços não prestados e superfaturamento. Segundo a denúncia, a parte de assessoria de imprensa dos contratos de publicidade era executada sem licitação.

Ressarcimento
De acordo com Jungmann, um procedimento administrativo do Incra apontou, na época, um pagamento a mais de R$ 552 mil reais - dinheiro que deve ser ressarcido pelas agências de publicidade. Ele afirmou que a auditoria feita no atual governo não constatou qualquer sinal de crime que indique seu benefício pessoal.

Jungmann questionou o fato de, segundo ele, nunca ter sido ouvido no inquérito, mas não quis fazer comentários sobre um possível procedimento político do Ministério Público.

Campanha
Um dos principais articuladores do lançamento de uma candidatura alternativa à presidência da Câmara, Jungmann afirmou não estar constrangido com a denúncia e segue atuando na defesa da chamada terceira via.

Ele confirmou presença, nesta terça-feira, no lançamento do nome do candidato que vai disputar o comando da Casa com o líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), e com o atual presidente, Aldo Rebelo (PCdoB-SP).

Reportagem - Idhelene Macedo/Rádio Câmara
Edição - João Pitella Junior

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