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Juíza ouvirá hoje testemunhas do caso padre Adriano

TJ/GO - 23 de janeiro de 2007 - 06:16

Está confirmada para hoje (23), às 13h30, na sala de audiências da 2ª Vara Criminal de Goiânia, audiência de inquirição da professora aposentada Benedita Lima da Silva, da aposentada Maria de Lourdes Sampaio da Silva, do professor Cipriano Cardoso Puça, do contabilista Juarez José Alves e do padre Antônio Donizete Guimarães, testemunhas arroladas pelo juízo na ação penal movida contra o seminarista Dairan Pinto de Freitas pela morte do padre Adriano Moreira Curado, ocorrida em 17 de abril de 2002. A audiência será realizada pela juíza Carmecy Rosa Maria Alves de Oliveira, em substituição na 1ª Vara Criminal de Goiânia, em razão das férias do juiz Jesseir Coelho de Alcântara, responsável pelo caso.

Inicialmente, as testemunhas foram arroladas pela defesa do padre Moacir Bernardino da Silva, que também foi acusado do crime, mas em razão de sua morte e considerando o "princípio da verdade real", Jesseir entendeu que elas deveriam ser ouvidas como sendo do juízo. O padre Moacir morreu em 2004, vítima de latrocínio. De acordo com denúncia do MP, ele atuava na Casa Paroquial Bom Jesus, onde morava havia sete anos e mantinha relacionamento homossexual com Dairan, que era seminarista. Consta que, além do homossexualismo, a conduta de ambos era criticada pelo fato de se utilizarem do dinheiro da Igreja para finalidades particulares. O padre Adriano Curado morreu um dia depois de se mudar para a paróquia, que passaria a ser administrada por ele, no lugar do Padre Moacir, que ocupava a função anteriormente. Para o MP, foi o medo de que o novo pároco descobrisse suas condutas que motivou o crime praticado por Dairan, a mando de Moacir.

Na manhã do crime, Padre Adriano tomou café da manhã no refeitório e depois subiu para as preces matinais. Minutos depois, um dos seminaristas desceu correndo a escadaria do sobrado informando que Adriano estava passando mal, como se alguém o tivesse enforcado. Levado ao Hospital Samaritano, morreu sob o diagnóstico de parada cardíaca. Investigações posteriores levaram o MP a denunciar Dairan e Moacir de terem envenenado padre Adriano com a substância organoclorato, que foi encontrada em suas vísceras por peritos do Instituto Médico Legal (IML). A tese da promotoria é de que o veneno foi administrato durante o café da manhã. (Myrelle Motta e Patrícia Papini)

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