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Juiz quebra sigilo de prefeito e vice de Cassilândia

Maristela Brunetto - Campo Grande News - 20 de abril de 2007 - 12:16

O juiz de Cassilândia Ronaldo Gonçalves Onofri autorizou a quebra de sigilo bancário do prefeito da cidade, José Donizete Ferreira de Freitas (PT), e do vice, Sebastião Pereira da Silva, afastados dos cargos na quarta-feira como parte de uma devassa feita pela Polícia e Ministério Público nas contas do município. Os bens deles estariam indisponíveis.

Já há três promotores- Ronaldo Vieira Francisco e Fábio Goldfinger, ambos da cidade, e Marcus Vinícius Tieppo Rodrigues, de Chapadão do Sul- envolvidos com as investigações e na segunda-feira chega outro promotor à cidade- Alexandre Magno de Lacerda, de São Gabriel d’Oeste. Esse “mutirão” ocorre porque ainda há muitas informações a serem desvendadas sobre as fraudes cometidas por servidores e ao mesmo tempo ações devem ser encaminhadas à Justiça.

Em março, o MP começou a investigar licitações para compra de combustível e agora já chegou a um caso de agiotagem com dinheiro público. A prefeitura não opera com um banco para a cobrança de taxas e tributos, sendo as cobranças e movimentação financeira feita por funcionários.

O MP descobriu que dinheiro da prefeitura era emprestado a terceiros que para garantia de pagamento davam cheques e notas ou vales. No caso dos cheques havia a compensação como se fosse um pagamento ao município. As notas passavam por “maquiagem” para entrar na contabilidade da prefeitura, explica o promotor Ronaldo Francisco.

Há imagens de servidores depositando e sacando valores da prefeitura em agência do Banco do Brasil, onde é movimentada a conta do município. Foi montada uma força-tarefa com dois delegados (hoje já há um apenas no caso) e cerca de trinta policiais, muitos deles de Campo Grande.

Durante as investigações, os promotores chegaram a falar em irregularidades envolvendo “milhões”. Ainda não há um montante claro. “Não temos o tamanho disso ainda”, disse o promotor.

Prisão preventiva- Estão presos Luceni Quintina Correia, Eugênio Luiz Azambuja, Ana Regina Arantes, Ivete Vargas de Souza, Waldimiro José Cotrim Moreira, um homem identificado apenas como Orange e o contador da prefeitura, Jorge Kobaiashi. As duas últimas prisões são mais recentes. As demais temporárias vencem hoje e já há pedido nas mãos do juiz para conceder a preventiva, a fim de manter o grupo afastado enquanto perdurarem as investigações.

Todos estão na cadeia da cidade. Eles também tiveram o sigilo quebrado.

Na semana retrasada, quando ocorreram as cinco primeiras prisões foram apreendidos documentos na prefeitura, na casa de servidores e ainda R$ 584 mil com a servidora Luceni.

Ontem, o presidente da Câmara, Baltazar Soares, assumiu a prefeitura e já mandou suspender pagamentos e compras que não sejam essenciais.

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