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Juiz quase foi pego pelo grupo que fugiu da cadeia em Chapadão do Sul.

Chapadensenews - 23 de junho de 2016 - 07:03

O cassilandense Silvio do Prado, juiz de Direito em Chapadão do Sul - Foto Chapadensenews
O cassilandense Silvio do Prado, juiz de Direito em Chapadão do Sul - Foto Chapadensenews

Os presos que fugiram delegacia de Chapadão do Sul no domingo tinham total controle da parte interna da cadeia há cerca de duas semanas após a confecção de três chaves artesanais para abrir os cadeados sem que os policiais desconfiassem. O corredor com quatro celas transformou-se numa armadilha sem volta e quem entrasse sairia somente com a permissão dos detentos. O juiz da 1ª Vara Cívil e Criminal, Dr Sílvio Prado, era o primeiro da “Lista Negra” e entrou na “arapuca” na tarde da última quinta-feira sem imaginar que os cadeados já estavam abertos e ele nas mãos dos criminosos. Segundos antes do ataque o homicida Adilson Ferreira da Costa percebeu que o juiz estava acompanhado e deu o comando para adiar o abafa até a chegada de uma agente feminina que seria a refém ideal porque teria uma arma.

Os detalhes sobre a fuga em massa, como os detentos chegaram ao teto do solário e o trajeto seguido após o muro ser vencido vieram á tona na tarde desta terça-feira após o delegado Danilo Mansur interrogar Maicon Jonathan Lopes que se arrependeu de ter fugido e se apresentou espontaneamente. Presidiário experiente e especialista em fugas, Adilson Ferreira da Costa usou um pedaço do zíper para fazer uma das chaves. As outras duas saíram da parte metálica de um isqueiro. Todas as possibilidades de fuga tinham sido analisadas e depois que o bote no juiz foi cancelado ficou decidido a saída pela tela do solário.

A escalada e a fuga se deram precisamente às 21 horas de domingo. O grupo seguiu em direção ao Cemitério Municipal onde um carro os pegaria para levá-los a Goiás ou Ponta Porã onde mora Felipe Veron, um dos fugitivos preso por tráfico internacional de drogas. O destino final não foi revelado porque Maicon Jonathan Lopes parou para descansar no interior da área verde, nas proximidades do Clube Paineira enquanto os demais seguiram em frente. O grupo também precisava tr "Erros de engenharia colocaram agentes, o juiz, o delegado e a sociedade como potenciais reféns de presos sob o comando de um homicida perigoso" ocar de roupa porque usavam o jaleco amarelo fornecido pelo sistema penitenciário do estado.

ERROS MORTAIS DE ENGENHARIA – Apesar de ter custado cerca de R$ 1,3 milhão o prédio está repleto de erros de engenharia que poderiam ter custado a vida de um policial, do juiz e até mesmo do delegado que também entrou no recinto dominado pelos presos. O policial já entrou em contato com Conselho Municipal de Segurança para propor reformar emergenciais de segurança. Um serralheiro já foi contrato para iniciar reparos. Danilo Mansur se prontificou a ajudar o Conselho no custeio das melhorias básicas.

PROBLEMAS EMERGENCIAIS

1 - Os cadeados deveriam ser protegidos por uma placa de metal que impedisse o contato com as mãos dos presos

2 – Ausência de câmeras de segurança

3 – Porta principal com erro de fabricação. Janela com mais de dois metros. É necessário uso de escada para o agente olhar para dentro do corredor e ter a certeza que não tem ninguém atrás da porta pronto para surpreendê-lo

4 – Solário deveria ter grades no teto ao invés de tela e sem barras laterais para evitar apoios como aconteceu na fuga. Eles colocaram os pés e alcançaram o teto com uma vassoura para danificar a tela.

5 A concertina (espécie de arame farpado) do telhado deveria ser eletrificada

6 – Muros com apenas dois metros são impróprios para evitar fugas

7 – Desvio de função porque policial deve prender e investigar. Criminosos devem ficar no presídio

Matéria de autoria do site Chapadense news

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