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Juiz nega pedido de revogação de prisão a médica

Campo Grande News/Nadyenka Castro e Marta Ferreira - 27 de abril de 2007 - 18:37

O juiz Aluísio Ribeiro dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, negou na tarde desta sexta-feira o pedido de revogação da prisão da médica Neide Mota Machado, dona da clínica de planejamento familiar onde eram realizados abortos. Ela está foragida desde que teve a prisão decretada, na segunda-feira.

Na decisão, o juiz argumenta que não houve violação de direitos constitucionais e que ela não se apresentou à Polícia Civil antes que fosse decretada a prisão temporária. O juiz agora avalia o pedido de prisão preventiva, que já teve parecer favorável do MPE (Ministério Público Estadual).

No pedido, os advogados disseram que a prisão é inconstitucional, uma vez que a médica tem residência fixa e que tentou agendar apresentação.

A médica é considerada foragida desde o início da semana, quando o juiz Aluísio decretou a prisão dela e da psicóloga Simone Sousa, libertada nesta quinta-feira porque colaborou com as investigações. Ela ficou presa três dias em uma cela do Garras (Grupo Armado de Repressão e Resgate a Assaltos e Seqüestros).

Onze pacientes da clínica já confirmaram que fizeram aborto no local. Três profissionais de enfermagem que trabalhavam com Neide também já afirmaram o crime. Todos foram indiciados, sendo as funcionárias ouvidas e mais uma ainda não interrogada consideradas co-autoras.

As investigações começaram após reportagem exibida no Jornal da Globo no início do mês. Entre os materiais apreendidos na clínica está uma grande quantidade de Cytotec (medicamento abortivo) vencido e uma espingarda. Por isso, Neide também foi indiciada por posse irregular de arma de fogo.

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