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Juiz federal libera Servo e mais 8 réus da Xeque-Mate

Nadyenka Castro/Campo Grande News - 02 de julho de 2007 - 17:30

O juiz da 5ª Vara Federal de Campo Grande, Dalton Igor Kita Conrado, revogou nesta segunda-feira a prisão de nove envolvidos na máfia dos caça-níqueis. Com isso, os sete acusados que ainda estão presos serão soltos hoje e os que não foram não são mais considerados foragidos.

Foram revogadas as prisões de Ari Silas Portugal, Hércules Mandetta Neto, Edmo Medina Marquetti, José Eduardo Abdulahad, do tenente-coronel da PM (Polícia Militar) Marmo Marcelino Vieira de Arruda, do major PM Sérgio Roberto de Carvalho e do empresário Nilton César Servo, apontado como chefe da organização ilegal. Gandhi Jamil Georges e Raimondo Romano não são mais foragidos. O MPF (Ministério Público Federal) deu parecer favorável apenas a revogação da prisão de Romano.

Na decisão, o juiz avalia que as prisões não são mais necessárias porque a (PF) Polícia Federal e a Polícia Civil intensificaram as ações de combate aos jogos de azar. Além disso, a imprensa, Ministério Público, e a sociedade em geral também estão trabalhando para impedir a contravenção, considera o magistrado.

“E não havendo máquinas caça-níqueis em funcionamento, também não se poderá falar em corrupção para impedir a atuação do poder público”, diz o documento sobre a possibilidade de os acusados voltarem a pagar propina para poderem atuar sem a fiscalização da polícia.

Como não são mais considerados foragidos, Jamil e Romano terão os nomes retirados da relação de procurados da Interpol. Jamil se comprometeu a comparecer a todos os atos processuais e Romano havia saído do País antes da decretação da prisão dele, conforme consta no processo.

A operação - Com exceção de Romano e Jamil, os demais foram presos no desencadeamento da Operação Xeque-Mate da PF, no início do mês passado.

Jamil, Portugal, Mandetta, Abdulahad, Arruda, Carvalho e Servo, são acusados de chefiarem organizações que atuavam em Mato Grosso do Sul. Para não serem alvo de ações da Polícia Civil, eles teriam pagado propinas a policiais. Entre eles ao delegado Fernando Augusto Soares Martins e a vários agentes. O agente Marquetti teria intermediado as negociações. A investigação da PF que culminou no indiciamento de 101 pessoas começou no fim do ano passado. Interceptações telefônicas apontaram o envolvimento destas pessoas. Algumas eram gerente de casas, outras eram responsáveis por recolher o dinheiro e ainda por emprestar nomes, os conhecidos “laranjas”.

Ao todo são 101 indiciados, dos quais 39 pela Justiça Federal e o restante em processo que correm na justiça estadual, que determinou a prisão de 16 investigados.

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