Em despacho da última sexta-feira, o juiz José Ale Ahmad encerra o processo que envolve a posse do reitor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Manoel Peró, no Conselho do Sebrae (Serviço de Apoio às Pequenas e Micro-empresas). O processo é apenas uma das partes do imbróglio em que se transformou a disputa pelo comando da entidade no Estado. Na ação, a Famasul (Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul, presidida por Leôncio Brito, atual presidente do Conselho, conseguiu invalidar a posse de Peró no Sebrae e, com isso, impedi-lo de participar da eleição, no dia 17 de novembro. Leôncio Brito acabou sendo reeleito e a eleição virou polêmica. O advogado de Peró, Valeriano Fontoura, conseguiu derrubar a decisão que invalidava a posse do reitor e pretendia, via judicial, anular a eleição. Só que a Famasul acabou pedindo a extinção do processo, afirmando que não havia mais sentido nele, uma vez que a eleição já correu. Valeriano Fontoura entrou com uma petição para que seus clientes, o reitor e o secretário de Produção e Turismo, Dagoberto Nogueira, pudessem fazer parte da ação, alegando que ela também dizia respeito aos seus clientes. O advogado reclama, também, do fato de a entidade proponente da ação contra o Sebrae ser dirigida por Leôncio Brito, beneficiado diretamente pela decisão.
O juiz acabou considerando inválida a petição de Fontoura para prosseguir o processo e decidiu extinguir a ação. O advogado de Peró ainda não se pronunciou sobre a decisão do juiz. Um dos caminhos que ele estuda é pedir a intervenção do Sebrae nacional.