Semana passada. Sede do Os Sonhadores. Festa julina. Um festa organizada e preparada para as crianças do projeto e os pais delas. Muita gente reunida. No evento, primeiro, as danças e uma apresentação teatral. Depois, serviram os quitutes. E havia muita comida. E também voluntários com sorrisos generosos nos rostos, gentis e solícitos como todos.

As crianças formaram uma fila. Os adultos vieram atrás. Tudo com muita calma e paciência. E olha que estamos falando de crianças, onde se espera agitação e até descontrole. Saí de lá satisfeito e orgulhoso com o trabalho daqueles voluntários, que agora atendem a mais de 150 crianças e adolescentes. Pessoas simples, todas, humildes e que deram aulas de bons modos e civilidade.

No final de semana seguinte, viajei. Numa cidade grande, presenciei num mercado mais sofisticado uma cena deplorável. Uma senhora bem vestida se fez de desentendida e furou a fila do caixa. Ao ser educadamente advertida, lançou os produtos que carregava no chão e se retirou do mercado.

Passei a observar mais atentamente o trânsito. Nas ruas, ninguém segura o carro antes da faixa de pedestres. No estacionamento do grande Shopping, as pessoas param seus carros sobre as calçadas, fecham os corredores, numa disputa de quem leva mais vantagem pela burla à regra. Presenciei inclusive uma família com seu carro no reservado para idosos, sendo todos jovens.

Rapidamente, lembrei-me do quanto é bom estar entre pessoas educadas. E me bateu uma vontade grande de voltar pra casa, para Fernandópolis, nos lugares onde frequento. Sinto-me bem demais no meu lugar.
- Evandro Pelarin -