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Geral

José Ancelmo: O amigo sincero

Manoel Afonso - 28 de julho de 2005 - 16:07

( “ A amizade sincera é um santo remédio...”)

Conheço muita gente que se diz inteligente, tipo assim mil e uma utilidades, que gosta de analisar, criticar pessoas e projetos, que infelizmente, são meras espectadoras da luta pela vida. Só tem teoria! Pode ser até que nunca erraram, mas também nunca tentaram absolutamente nada que valesse a pena.
José Ancelmo, nosso homenageado, é exatamente o inverso deste biotipo. Colabora com seu biógrafo porque tem uma vida que merece ser relatada. Vida de derrotas e vitórias, é claro, mas pautada pelo trabalho e recomeço inclusive quando foi necessário, sem perder a simplicidade e os valores de conduta.
A trajetória dele é um livro aberto e nós, testemunhas! Os mais velhos se lembram: o menino pobre da cidade ainda sem luz, empoeirada, das peladas de futebol na praça, dos bailes, do serviço de auto falante, dos primeiros passos na Exatoria, do namoro com a Sônia, da paixão pela política, da faculdade de Direito, suas alegrias, decepções, a mudança para Campo Grande, a ascensão funcional, a chegada a Secretária da Fazenda e finalmente à Presidência do Tribunal de Contas.
Voltando no tempo! Quem não se recorda da casa do Zé? Dia e noite com gente para pedir um favor, expor um problema ou mesmo para uma conversa regada ao café da hora. Com a paciência que Deus lhe deu, a todos ouvia, inclusive muitas figuras folclóricas da cidade.
Tenho conversado pouco com ele. Cidade grande, falta de tempo e problemas mil. Quando dá certo falamos do ontem, de tudo e de todos. Nestas ocasiões dou espiadas em sua alma: generosa, grande, sempre perdoando e auxiliando aos ingratos inclusive. Em seu coração não há maldade, rancor e ingratidão.
O seu estilo é impar: fala pouco, ouve muito. Com a mesma forma gentil que ouvia o Gavião e o Urutu em Cassilândia, hoje ele atende pessoas simples, deputados, senadores e outras autoridades importantes em sua casa na capital. É incrível: só trocou de endereço, porque a romaria continua.
Tenho dito sempre que ele é uma espécie de guarda chuva dos cassilandenses e do pessoal da região em Campo Grande. Um santo protetor para as horas de dúvidas, dores, angústias e problemas de toda ordem. E o engraçado é que, apesar das atividades inerentes ao cargo, ele encontra tempo para esse tipo de relacionamento. “Fazer o que? Ele gosta”! diz a Sônia, sempre sorrindo e ainda apaixonada pelo marido, como se fosse uma adolescente. Um casal 10!
Enfim, o Zé não jogou fora a oportunidade de viver, tentou sempre fazer o melhor, colheu o sucesso como conseqüência, mas sem se embriagar com ele. Coisa rara neste mundo competitivo, de máscaras e mutações de personalidade.
Escolhi justamente a data de aniversário da cidade, para homenagear o Zé Ancelmo porque entendo oportuno: a cidade lhe deve muito e ele adora Cassilândia e sua gente. Falar dele é fácil, flui solto, faz bem para a alma e as palavras ressoam positivamente em cada ouvido da cidade.
Com procuração de toda população, um grande abraço e um beijo no coração do amigo. Nós gostamos de você! Manoel Afonso.

( O autor é comentarista da TV. Record-MS)














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