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João Magno explica à CPMI saques feitos na conta da SMPB

Agência Câmara - 27 de agosto de 2005 - 08:43

Ao esclarecer à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios os saques feitos nas contas das empresas de Marcos Valério de Souza na agência do Banco Rural, em Brasília, o deputado João Magno (PT-MG) informou nunca ter recebido vantagens indevidas, seja de cunho financeiro ou a qualquer título, em proveito próprio ou de outra pessoa, no exercício do cargo de deputado. "Destaco firmemente que faz parte de minha história de vida o fortalecimento da honra, da dignidade e da moral", ressaltou.
O deputado explicou ainda que todos os recursos que recebeu, inclusive da SMPB, foram utilizados para pagar despesas da campanha para deputado, em 2002, e para prefeito de Ipatinga (MG), em 2004.
Sobre os saques feitos na conta da SMPB, Magno admite que os fez por orientação do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. "A origem dos recursos e os ajustes feitos pela direção do partido me eram completamente desconhecidos", explicou Magno. Ele acrescentou que também não se preocupou em inquirir a direção do partido sobre o assunto em virtude da "exaustiva e renhida campanha política".

SMPB
Magno lembra que a empresa SMPB era conhecida em Minas Gerais há cerca de 25 anos e trabalhou para o governo do estado desde a gestão do ex-governador Hélio Garcia e em campanhas publicitárias de reconhecida competência. "Cabe destacar, também, que os proprietários da empresa eram pessoas respeitáveis em nosso estado, como é o caso do atual vice-governador de Minas Gerais, Clésio Andrade, que chegou a deter 40% de seu patrimônio societário", informou o deputado.
Para Magno, não se pode acusar de corrupto todo aquele que sacou dinheiro da empresa mineira. "Há que se verificar e minuciar condutas, motivações e finalidades, mas o certo é que essa nuance criminosa não se aplica a mim", argumentou.

Mensalão
O parlamentar entregou o relatório dos votos dados por ele na Câmara desde a sua posse para refutar as denúncias de que ele também teria recebido o "mensalão", mesada supostamente repassada a parlamentares para votarem segundo a orientação do governo.
"Nunca me afastei da coerência ideológica partidária, votando sempre com a oposição durante o governo FHC e sempre acompanhando o governo desde a chegada do PT ao poder", explicou. "Que lógica teria eu receber recursos para votar com o atual governo se faço parte da bancada governista, sou deputado pelo partido governista e fui eleito defendendo os projetos do Partido dos Trabalhadores?", questionou.
O pedido de esclarecimento a João Magno foi feito pelo relator da CPMI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), após acusações feitas no plenário da comissão e pela imprensa.


Reportagem - Maria Clarice Dias
Edição - Regina Céli Assumpção


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