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João Batista de la Salle

Redação - 07 de abril de 2019 - 09:00

João Batista de la Salle nasceu em 1561, na França, de família nobre e rica. Foi aluno brilhante na Sorbone de Paris. Em 1678, ordenou-se sacerdote e depois foi nomeado cônego. Numa época em que a cultura elementar era privilégio de poucos, João Batista de la Salle compreendeu a importância e a urgência de organizar escolas para meninos das classes sociais mais pobres. Renunciou à condição de cônego e, juntamente com 12 jovens voluntários, fundou a Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs. Esse foi o primeiro instituto de base leiga e que serviu mais tarde de inspiração para o surgimento de outros institutos seculares de leigos consagrados. Naquele tempo, quando normalmente as escolas só recebiam jovens destinados à diplomacia, à política e a cargos de chefia, João Batista pregou a gratuidade e a universalidade da instrução para todos, com professores bem preparados e modelos didáticos eficazes. Por causa dessa sua posição inovadora, angariou inimigos e despertou a oposição dos que não aceitavam seus métodos, considerados por demais revolucionários. Nada, porém, impediu que ele dedicasse sua vida à instrução primária e à formação humana e profissional da juventude de seu tempo. Com a finalidade de preparar jovens do povo para empregos bem remunerados, ele fundou escolas técnicas com cursos profissionalizantes, além de escolas dominicais para adultos. Aboliu o latim usado na época e adotou a língua pátria no ensino de todas as matérias, e essa atitude inovadora no campo da educação revolucionou os métodos pedagógicos da época. Quando ele morreu, no dia sete de abril de 1719, a nova Congregação já se compunha de 200 membros, distribuídos em 22 casas. São João Batista de la Salle foi canonizado em 1900. Sua obra perdura até hoje, através de seus filhos, os irmãos lassalistas, espalhados em vários países do mundo, inclusive no Brasil.

Hoje como no passado, os que querem investir em educação, continuam encontrando opositores, mesmo entre aquelas pessoas que tendo sido eleitas pelo povo para cuidar de seus interesses, não têm o mínimo pudor em sucatear as escolas e universidades e desviar, para seus próprios bolsos, as verbas destinadas à educação. Certamente a estes interessa um povo fácil de ser manipulado, porque um povo instruído e educado, capaz de lutar por seus direitos, pode se tornar um perigo, para os que não se envergonham de aproveitar-se da ignorância dos mais simples, para satisfazer seus interesses pessoais e se perpetuarem no poder.

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