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Joana Darc conta o seu primeiro ano em Portugal

Joana Darc Pimenta - 07 de março de 2011 - 17:07

PRIMEIRO ANO EM PORTUGAL...

Ouvi muito essa frase de outros imigrantes brasileiros quando cheguei em Portugal em 2008, e não acreditei muito nela no começo, mas acabou se confirmando uma verdade. O primeiro ano é o pior por ser o ano das diversas fases de adaptação. Adaptação ao clima, aos costumes, a comida, ao isolamento, a solidão, etc. Assim que eu cheguei ao meu destino tive aquelas semanas de frisson, tudo era novidade, eu de certa forma estava de \"férias\", conhecendo um outro país, tirando muitas fotos, estava em estado de encantamento. Mas ao mesmo tempo tinha já que começar a correr atrás da vida, então era hora de sair a procura de casa, trabalho, tentar seguir os planos traçados. Mas como alguns dizem, a vida é escrita em linhas tortas, e os meus planos bem traçados começam a ter alguns desvios e desvarios. Então veio aquela sensação de questionamento de tudo, eu estava distante da vida que sempre tive e comecei a repensar em toda minha tragetória até chegar a um outro país. Pensava na família, nos amigos, nos erros, nos acertos, ia colocando a vida numa balança e fazia algumas promessas para que nesta nova oportunidade tudo venha a dar certo, e talvez esse seja o erro, criar muitas expectativas... E assim a gente vai tropeçando e começa a bater aquele banzo da nossa terrinha, de nosso porto seguro. E então alguém repete mais uma vez, tem calma que o primeiro ano é o pior… Na verdade não suportei a pressão do primeiro ano e retornei ao Brasil, mas sentia que aqui poderia dar certo, sentia que tinha abandonado um projeto ao meio do caminho e voltei . E lá se vão novamente o tão temido primeiro ano( srsrsrs ) só que hoje de uma forma diferente, um pouco mais equilibrada, só que muito mais sozinha que da primeira vez, mais hoje posso dizer :tem sido um grande aprendizado pois estou aprendendo um pouco mais da profundidade da palavra saudade, e aprendendo principalmente a viver só. (Mas esse é o lado bom da coisa, a gente passa a se conhecer melhor e aprender a conviver melhor consigo mesmo, porque afinal em um país estrangeiro você é a única certeza de alguém com quem pode contar.) Ass: JOANA DARC PIMENTA

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