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Ivanete confirma esquema ao MPE; 100 eram beneficiados

Marta Ferreira/Campo Grande News - 16 de maio de 2007 - 07:54

No depoimento de cerca de 3 horas que deu ao MPE (Ministério Público Estadual), nesta terça-feira, a ex-funcionária da sub-secretaria de Comunicação no governo Zeca do PT, Ivanete Leite Martins, confirmou as denúncias que no governo anterior havia um esquema para beneficiar empresas e pessoas na distribuição dos recursos para publicidade da administração estadual. Nota divulgada há pouco pelo MPE afirma que, ao ser ouvida pelos quatro promotores que cuidam da investigação, Ivanete afirmou que havia cerca de 100 beneficiários do esquema, que recebiam entre 5% e 10% de comissão “por fora”, o que configuraria a existência de caixa 2 na administração petista.

Na nota, os quatro promotores que integram a força-tarefa que o MPE criou para conduzir as investigações tratam do assunto como desvio de dinheiro público. São eles Marcos Sottoriva, que coordena as investigações, Gilberto Robalinho da Silva, Marcos Fernandes Sisti e Silvio Amaral Nogueira de Lima. Na nota divulgada esta tarde, os promotores afirmam que as investigações estão no início e que partir do depoimento de Ivanete, o caminho agora é traçar uma linha de apuração.


A investigação, aberta no começo do mês, deve ter duas frentes: um inquérito civil e um procedimento de investigação criminal.

Uma das peças principais da apuração é uma gravação em dvd que está de posse dos promotores, contendo declarações de lvanete ao jornal Diário do Pantanal, do empresário Adair Martins, em que ela descreve como eram os gastos no governo passado na área de publicidade.

Ela confirmou a veracidade das declarações no depoimento de hoje. O esquema teria a participação de dezenas de pessoas físicas e jurídicas.

Todos os anos, no governo passado eram gastos de R$ 20 milhões a R$ 25 milhões com publicidade, segundo números repassados anteriormente pelo promotor Marcos Sottoriva.

Como funcionava- De acordo com a denúncia, eram fabricados documentos falsos de execução de mídia e feitas notas fiscais irregulares para justificar desvios de dinheiro público. O esquema teria participação de agências de publicidade e de pessoas dentro da Casa Civil.

Em janeiro, o Campo Grande News publicou que só em dezembro de 2006, os pagamentos aos fornecedores somaram R$ 223 milhões. Do total, R$ 73 milhões foram pagos somente entre os dias 21 e 28 de dezembro.

Segundo as planilhas financeiras do governo, às quais a reportagem teve acesso, grande parte dos pagamentos, foi dirigida a empresas prestadoras de serviço, fornecedora de combustíveis e empreiteiras.

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