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Italianos são os que mais adotam crianças brasileiras

Cecília Jorge/ABr - 20 de setembro de 2004 - 12:49

Nas últimas duas décadas, mais de 12 mil crianças brasileiras foram adotadas por famílias estrangeiras. Os casais italianos são os que mais procuram no Brasil crianças para adoção. Nos últimos dez anos, eles adotaram cerca de cinco mil menores brasileiros.

Para capacitar os profissionais do Brasil e da Itália que trabalham com adoção internacional, os dois países estão realizando, em Brasília, um seminário sobre o assunto.O assessor do departamento consular da Embaixada da Itália no Brasil, Pasquale Matafora, disse que mais importante que informar sobre as normas e leis de adoção internacional, é sensibilizar os profissionais sobre os efeitos da adoção. “A adoção é um ato de amor, ou seja, um ato que está tratando do futuro de uma pessoa”, disse Matafora.

No seminário, autoridades brasileiras e italianas concordam que a legislação do Brasil sobre adoção internacional é eficiente para evitar o tráfico de crianças e a comercialização delas no exterior. O delegado da Polícia Federal, Rogério Galloro, disse que os estrangeiros interessados em adoção são acompanhados desde a entrada no país até a saída.

A adoção internacional no país é regulamentada pela Convenção de Haia. Para adotar uma criança no Brasil, os estrangeiros têm que comprovar condições financeiras e psicológicas de criá-la.

O processo demora cerca de um ano. Período que, de acordo com Pasquale Matafora, é importante para a integração entre a criança e seus novos pais, evitando problemas de adaptação. Nos primeiros quatro anos, as famílias devem encaminhar relatório sobre a situação da criança no exterior às autoridades brasileiras. Ao ser adotada, a criança tem direito à cidadania do país de origem de seus pais adotivos, mas não perde a cidadania brasileira.

O secretário adjunto de Direitos Humanos, Mário Mamede, disse que, em geral, as crianças adotadas por estrangeiros são mais velhas, já que a adoção internacional é o último recurso para integrar uma criança em uma família. As crianças adotadas por casais italianos, por exemplo, têm, em média, quatro anos de idade

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