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Itaipu: Embaixador diz que não haverá revisão do tratado

Érica Santana/ABr - 21 de maio de 2007 - 07:22

Assunção (Paraguai) - O embaixador do Brasil no Paraguai, Valter Pecly Moreira, descartou ontem (20) a possibilidade de haver uma revisão do Tratado de Itaipu, assinado entre os dois países em abril de 1973 e que deu origem à Hidrelétrica de Itaipu.

Moreira afirmou que a posição do governo brasileiro a esse respeito é clara. Desde o anúncio da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país vizinho surgiram especulações, inclusive sobre a venda de Itaipu. "Nós achamos que é um ato completo, perfeito, juridicamente impecável, feito soberanamente pelos dois países, portanto não consideramos adequado a reabertura de negociações nesse ponto".

Hoje, os presidentes brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, e paraguaio, Nicanor Duarte, inaugurarão duas novas turbinas de Itaipu, em Foz do Iguaçu, completando o projeto da hidrelétrica, que previa o funcionamento de 20 turbinas. De 1984, quando a primeira geradora de Itaipu começou a operar, até abril de 1991, foram instaladas 18 turbinas.

O embaixador brasileiro informou ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva descartou qualquer possibilidade de construir um muro na fronteira de Foz do Iguaçu com Ciudad del Este para evitar o contrabando de mercadorias. "Não existe muro, não haverá muro. O presidente Lula já foi claríssimo a respeito disso, e se havia alguma idéia já foi absolutamente afastada".

De acordo com Moreira, o governo brasileiro pretendia construir uma cerca próxima a área da Receita Federal brasileira e não um muro na extensão da ponte que une os dois países. "É uma questão que causa muito impacto, porque quando se fala de um muro na fronteira se associa ao Muro de Berlim, muro na Palestina, entre México e Estados Unidos, o que projeta uma imagem negativa. Mas esse muro não existe", garantiu.

O embaixador explicou ainda que nos últimos anos o governo brasileiro tem atendido reivindicações paraguaias para diminuir as atividades ilegais dos sacoleiros. Valter Pecly Moreira informou que o governo brasileiro aumentou o valor da entrada de mercadoria pela fronteira de US$ 150 para US$ 300.

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