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Geral

IPC registra inflação de 0,42% em Campo Grande

Uniderp - 05 de dezembro de 2005 - 08:01

No mês de novembro, o Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande (IPC/CG) registrou inflação de 0,42% em relação a outubro. A pesquisa do IPC/CG é realizada pela UNIDERP e UNAES, em convênio com a FIPE e Seplanct, mensalmente, com início da coleta de preços todo o primeiro dia útil do mês. São pesquisados mais de 4,5 mil preços, semanalmente.

De acordo com o coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais (NEPES), vinculado a UNIDERP e UNAES, professor Celso Correia de Souza, o grupo Alimentação, que nos últimos cinco meses apresentou deflações, em novembro registrou forte alta de preços no conjunto de seus itens, que subiram, em média 1,31%. Outro grupo que apresentou aumento de preços em seus produtos foi Despesas Pessoais, em média 1,14%. “Os grupos de Vestuário, Educação e Habitação também apresentaram variações positivas. Apenas Transportes e Saúde registraram pequena deflação”, comenta Celso Correia.

No grupo Alimentação, os produtos que registraram as maiores altas foram batata (65,33%), pêssego (41,64%), goiaba (35,38%), abobrinha (30,10%), espinafre (27,47%), tomate (25,85%), cenoura (25,69%) e couve-flor (20,44%). Por outro lado, foram observadas reduções nos preços do limão (-20,67%), manga (-18,88%), chuchu (-15,20%), melancia (-13,64%) e maracujá (-12,87%). No subgrupo de carnes bovinas, segundo os pesquisadores, as variações foram consideradas normais para o mês de novembro, com alguns cortes apresentando índices positivos como cupim (4,81%), fígado (4,68%), acém (1,36%); e outros registrando índices negativos como alcatra (-2,27%), filé mignon (-1,51%) e lagarto (-1,34%).

Já no grupo de Despesas Pessoais os itens que registraram as maiores altas foram fio dental (10,52%), bronzeador (9,14%), papel higiênico (7,87%). “Neste grupo não houve nenhuma queda expressiva de preços que merecesse destaque”, comenta o professor Celso Correia. Os grupos de Vestuário, Habitação e Educação registraram pequena variação positiva, apresentando índices de 0,22%, 0,04% e 0,05%, respectivamente.

O coordenador do NEPES explica que, em novembro, dois grupos registraram variações negativas. No grupo de Saúde, o índice médio ficou em –0,09%, em conseqüência da diminuição de preços de produtos farmacêuticos como antialérgico (-1,19%), analgésico e antitérmico (-1,12%), antiinfeccioso (-0,86%) e antiinflamatório e anti-reumático (-0,49%). No grupo de Transporte foi registrada queda de –0,08%, em média, em conseqüência da queda nos preços do álcool (-2,71%), pneu (-0,51%) e automóvel novo (-0,24%).

Inflação acumulada – Nos últimos 12 meses, em Campo Grande, a inflação acumulada é de 3,60%, e neste ano atinge 3,64%. Com os índices obtidos em novembro, tem-se uma grande probabilidade de que a inflação para 2005 na Capital permaneça dentro da meta estabelecida para o país pelo Banco Central que é de 5,1%, com tolerância de 2% para mais ou para menos. “Há grande possibilidade de ficar abaixo dessa meta”, ressalta o professor Celso Correia.

Segundo o coordenador do NEPES, nos últimos 12 meses o índice acumulado do grupo Transporte supera os índices de todos os outros grupos, devido ao aumento dos combustíveis durante os anos de 2004 e 2005, alcançando o valor de 9,10%. Em 2005, o índice do grupo Educação lidera com valor de 9,15% devido, principalmente, ao aumento das anuidades escolares acorrido em janeiro.

Apesar do aumento registrado em novembro, o grupo Alimentação apresenta uma deflação acumulada nos últimos 12 meses de –3,65%, tendo atuado como um efetivo regulador da inflação neste período, sendo este grupo o segundo com maior peso no orçamento das famílias campo-grandenses que ganham até 40 salários mínimos.


Gladis Linhares/Vanessa Amin

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