Cassilândia Notícias

Cassilândia Notícias
Cassilândia, Sexta, 29 de Março de 2024
Envie sua matéria (67) 99266-0985

Geral

IPC/CG registra deflação em junho

Uniderp - 05 de julho de 2005 - 08:54

No mês de junho, o Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande (IPC/CG) registrou deflação de –0,53%, em relação a maio. Os grupos que apresentaram as maiores quedas foram Alimentação, Transporte e Educação. A pesquisa do IPC/CG é realizada pela UNIDERP e UNAES, em convênio com a FIPE e Seplanct.

Segundo os pesquisadores, o grupo Alimentação apresentou uma expressiva queda em seus preços, obtendo o índice geral de –2,31%. Os itens que registraram as maiores quedas foram cenoura (-48,34%), batata (-32,81%), repolho (-27,42%), abobrinha (-24,77), couve-flor (-22,95%), uva (-22,86), pão integral (-22,75%), chuchu (-22,50) e berinjela (-22,38%). Alguns cortes de carne bovina também apresentaram diminuição de preços: paleta (-3,6%), cupim (-3,3%), músculo (-3,0%), costela (-2,2%), peito (-1,9%) e patinho (-1,4%).

De acordo com o coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais (NEPES), ligado a UNIDERP e UNAES, professor Celso Correia de Souza, no grupo de Transporte a queda geral de –0,65% foi provocada pela diminuição nos preços do álcool (-3,7%), gasolina (-1,79%) e diesel (-0,64%). Alguns itens deste grupo apresentaram pequenos aumentos, é o caso do pneu (1,67%), automóvel novo (1,45%) e mão-de-obra (0,24%). “Outro grupo que apresentou queda foi Educação, em média -0,08%, ocasionada, principalmente pela diminuição dos preços de papelaria”, observa Celso Correia.

Os outros grupos que compõem o IPC registraram pequenos aumentos. Habitação registrou uma ligeira alta em seus produtos e serviços, em média de 0,41%. Neste grupo, destacam-se os aumentos nos preços do condicionador de ar (5,12%), cera para assoalho (2,09%), conta de telefone convencional (2,05%) e lustra móvel (1,92%). Os itens que registraram as maiores quedas foram freezer (-13,13%), pano para limpeza (-8,73%), liquidificador (-4,53%) ventilador (-3,69%), fósforos (-2,82%) e refrigerador (-2,61%).

Outro grupo que apresentou aumento foi Vestuário, alcançando média de 0,20%. “Neste grupo tivemos aumentos de preços em lingerie (1,55%), camiseta masculina (1,5%), sapato masculino (1,19%), short e bermuda masculina (1,15%) e tênis (1,01%). As quedas ficaram por conta dos seguintes itens: sapato feminino (-2,76%), sandália/chinelo feminino (-2,36%), sandália/chinelo masculino (-1,84%), calça comprida feminina (-0,89%) e saia (-0,83%)”, afirma o coordenador do NEPES.

Despesas Pessoais registrou pequena alta de preços no conjunto de seus itens, em média 0,11%. Os produtos que registraram alta foram protetor solar (10,44%), xampu (1,44%), creme dental (1,11%), serviços de cartório (0,98%) e revelação fotográfica (0,62%). Por outro lado, foram observadas quedas nos preços de hidratantes (-1,84%), sabonete (-1,83%), papel higiênico (-1,57%), produtos de limpeza de pele (-1,56%) e filme fotográfico (-1,06%).

No grupo Saúde foi registrada uma variação positiva de preços em torno de 0,07%. Os produtos que tiveram seus preços aumentados foram vitamina e fortificante (2,19%), gastroprotetor (2,04%) e analgésico e antitérmico (1,01%). Já os que apresentaram as maiores quedas foram antitiabético (-4,09%), antigripal e antitussígeno (-1,15%), material para curativo (-0,77%) e antialérgico e broncodilatador (-0,69%).

Inflação acumulada - A inflação acumulada nos últimos 12 meses na cidade de Campo Grande é de 5,58%, e neste ano atinge 2,87%, recuando com relação ao mês anterior. “Com a deflação registrada em junho e ajustes devidos dos valores acumulados no ano, aumentou a probabilidade da inflação permanecer dentro dos valores da meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 5,1%, com tolerância de 2% para mais ou para menos. Esta estimativa está associada aos fatos de reajustes de preços administrados e de preços livres. Os preços livres são susceptíveis às variações climáticas e aos ‘humores’ econômicos nacionais e internacionais. Já os preços administrados seguem a política nacional para atendimento de contratos de concessão de energia elétrica, de telefonia fixa e móvel, do abastecimento de água e esgoto, dos transportes e dos combustíveis, de uma forma geral”, ressalta o professor Celso Correia.

Segundo ele, o reflexo do reajuste no preço da ligação do telefone fixo para o móvel no mês de junho não apresentou um grande impacto. Dados da pesquisa apontam ainda que, nos últimos 12 meses, o grupo Transporte liderou, com o índice mais elevado, em torno de 16,77%, em decorrência, principalmente, do aumento dos combustíveis no segundo semestre de 2004. Em 2005 a inflação acumulada deste grupo está em torno de 1,14%, refletindo estabilidade, inclusive com queda nos preços dos combustíveis, devido, principalmente, a forte queda do dólar nos últimos meses. “Outro destaque é o grupo Alimentação, que nos últimos 12 meses apresentou deflação de –1,03% e no acumulado de 2005 é de 1,87%, com queda expressiva em junho, de –2,31%, sinalizando que a inflação está sob controle”, conclui Correia.

SIGA-NOS NO Google News