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Geral

IPC/CG registra aumento em abril

Assessoria de Comunicação - UNIDERP - 10 de maio de 2004 - 10:37

Em abril, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), observado em Campo Grande, teve um ligeiro aumento: 0,84%. Este valor é bem superior a inflação de 0,16% registrada em março. Os aumentos de preços foram
assinalados pelos grupos de Habitação, Despesas Pessoais, Educação e Saúde e com uma pequena diminuição nos grupos Alimentação, Transporte e Vestuário. O IPC/CG é calculado mensalmente, por meio de parceria entre a UNIDERP, UNAES, FIPE e Seplanct/MS.

"A inflação acumulada nos últimos 12 meses. No primeiro quadrimestre deste ano, já atingiu 2,54%. Observou-se uma variação significativa no grupo Educação provocada pelos aumentos das mensalidades escolares, no grupo Habitação face ao aumento da tarifa de energia elétrica, e de ligeiras variações nos demais grupos. A retração de preços no grupo Vestuário foi provocado pelas liquidações e promoções do início de ano devido a troca de moda outono/inverno", explica o coordenador do Núcleo de Pesquisas Econômicas e Sociais da UNIDERP, professor Celso Correia de Souza.

O grupo Habitação tem o maior peso na composição do Índice de Inflação e no mês de abril influenciou na alta do IPC, pressionado pela variação de 12,99% no preço da energia elétrica. As variações nos produtos como forno
de microondas (14,29%), gás de cozinha (8,46%), sabão em barra (6,20) e lâmpada elétrica (5,13%), contribuíram com a alta ocorrida. Dos produtos com queda nos preços, destacam-se: computador (?17,83%), carvão (-11,15%) e saponáceo (-5,00). O resultado foi uma alta em média de 2,96%, registrada no grupo.

"Os produtos e serviços do grupo Despesas Pessoais tiveram uma variação de 2,02%, contribuindo na alta do IPC em 0,15%, a segunda maior contribuição em abril de 2004", ressalta Celso. Neste Grupo, produtos com
as maiores altas foram cigarros com variação de 8,09%; revelação fotográfica, 3,98%; e hidratante, 3,97%. Os gastos com cabeleireiro caíram, em média, 4,70%, conseqüência de promoções nos salões de beleza da Capital.

Segundo os pesquisadores, no grupo Educação apenas o item papelaria teve a variação de 3,80%, ficando os demais componentes sem alteração de preços. "A característica de variação deste grupo é sazonal,
principalmente no início do ano quando ocorrem os reajustes das mensalidades e dos preços dos materiais escolares", afirma o coordenador do NEPES.

A influência na variação de 0,81% no grupo de Saúde foi provocada pela variação positiva de preços dos remédios, materiais cirúrgicos e algumas vitaminas e fortificantes. Os demais itens da sua composição ficaram
estáveis no período de análise, com pequenas quedas de preços em antiinflamatórios e exames de aboratório.

Queda - Com um universo muito grande de itens pesquisados, o comportamento do grupo Alimentação é muito variável, com produtos afetados por variações positivas e outros por variações negativas. O
resultado, neste mês, foi uma variação negativa de ?0,40%. Os produtos com as maiores quedas nos preços foram legumes: chuchu (-40%), tomate (-12,9%), pepino (-10,0%), beterraba (-7,9%), abobrinha (-7,8%). Também algumas carnes tiveram quedas nos preços tais como: lombinho (-11,1%), peito de bovino (-8,4%), bisteca (-8,4%). Algumas frutas registraram quedas de preços, como por exemplo: maçã (-27,3%), maracujá (-25,4%) e pêssego (-17,8).Os aumentos mais importantes nos preços dos alimentos foram em produtos como: melão ( 91,84%), pimenta (22,49%), batata (22,33%), queijo de minas (18,61%).

Já no grupo Transportes, os principais itens que sofreram variações de preços foram os combustíveis, veículos de passeio e preços de transporte público intermunicipal e interestadual. No mês de abril as variações mais
importantes que explicam a queda de ?0,70%, em média, nos preços deste grupo foram: álcool (-4,5%), carro novo (-1,21%), diesel (-0,44%) e gasolina (-0,48%).

O padrão de comportamento no grupo Vestuário foi de estabilidade geral dos preços, com poucas exceções de produtos que variaram de preços. "Toda atividade varejista está em um período de mudança de estação, portanto,
as promoções estão chegando ao fim. Um fato que é importante ressaltar é que o grupo Vestuário tem pouca representatividade no IPC/CG, portanto, variações importantes em alguns produtos deste grupo não causam grandes influências no índice. Por exemplo, uma queda expressiva no preço de sapato feminino tem um impacto de pouca relevância no IPC/CG", comenta o professor Celso. O resultado foi uma variação negativa de 1,57%.

Metodologia - O Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande (IPC/CG) é um indicador da evolução do custo de vida das famílias dentro do padrão de vida e do comportamento racional de consumo. O Índice busca medir o nível de variação dos preços mensais do consumo de bens e serviços, a partir da comparação da situação de consumo do mês atual em relação ao mês anterior.

O início da coleta de preços é todo primeiro dia útil do mês. São pesquisados 4.585 preços, semanalmente, cujo resultado final se resume em indicadores que refletem a mudança nos preços, em grupos, como Habitação,
Alimentação, Transporte, Despesas Pessoais, Saúde, Vestuário e Educação.
A base para a construção de um Índice de Preços ao Consumidor é a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) que se baseia em um estudo detalhado do consumo das famílias de Campo Grande, com rendimento de 1 a 40
salários mínimos, com o objetivo de estabelecer a estrutura do consumo por tipo de produtos e serviços.

O período de coleta de preços corresponde as três primeiras semanas do mês, sendo pesquisados produtos alimentícios, industrializados in natura, lácteos, bens duráveis, serviços de habitação e profissionais,
medicamentos, produtos eletrônicos, e outros.


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