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Invocação de "espíritos" por alunos causa polêmica e assusta pais

Campo Grande News - 01 de junho de 2015 - 15:15

Estratégia para divulgar filme de terror, o desafio “Charlie Charlie” atrai adolescente, preocupa pais e provocou tumulto, com alunos passando mal, em colégios de Manaus (AM) e Boa Vista (RR). Em Campo Grande, a brincadeira já chegou a muitas salas de aula. A brincadeira é simples, bastam duas canetas ou lápis e papel. Os lápis são colocados em formato de cruz em cada quadrado é escrito sim ou não. O desafio começa quando o primeiro participante pegunta “Charlie. Charlie, você está aí?”. Se um dos lápis se mover para o sim, é sinal de que Charlie, que seria um espirito ou o demônio, está presente.

Uma estudante de 14 anos diz que o desafio chegou há dua semanas na escola. Ela conta que já viu colegas brincando de “Charlie Charlie”, mas que não se interessa em participar. Curiosa, pesquisou na internet e viu que a origem seria uma demônio que veio do México.

“Existe o bem e o mal, se procura o mal, acaba aparecendo”, diz a garota. Já sua colega de sala, uma adolescente de 13 anos, diz que tem medo e passa bem longe da brincadeira. Ela conta que em um dos jogos a caneta vermelha estourou e já há quem jure se tratar de sangue.

Outra adolescente, de 13 anos e que estuda no nono ano do mesmo colégio, afirma que o professor explicou se tratar de um fenômeno físico.

Uma empresária de 34 anos conta que soube na novidade por meio da amiga da filha. “Desconfiei e fui pesquisar na internet, porque está rolando nas escolas, tem bastante comentário no Facebook. Passei mensagem para ela não participar, porque não vai de acordo com a nossa fé. Realmente acredito que está evocando o demônio”, diz.

Outra mãe afirma que soube da brincadeira por meio do filho dos dez anos, que viu o jogo em sala de aula. Ela pediu informações na direção.

Histeria – Em Manaus e Boa Vista, o fato de alunos passarem mal depois do “Charlie Charlie” foi considerado histeria coletiva. Conforme o G1 Amazonas, no dia 28 de maio, alunos da escola José Carlos Mestrinho, em Manaus, precisaram de atendimento médico. O relato é de gente delirando, não dizendo “coisa com coisa”, além de desmaio.

No dia 29 de maio, o G1 Roraima divulgou que quatro adolescentes foram levados pela PM (Polícia Militar) à igreja depois do “Charlie Charlie”. Nesse episódio, a brincadeira foi em um terreno baldio em frente à escola estadual Doutor Luiz Rittler Brito de Lucena. Os adolescentes se debatiam e desmaiaram.

A brincadeira macabra faz parte de uma estratégia de marketing para divulgar o filme “A Forca”. Charlie é um dos personagens da história, que morreu dentro de um colégio.

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