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Interior aumenta participação no PIB de MS para 75%

Fernanda Mathias / Campo Grande News - 18 de novembro de 2005 - 12:59

Em quatro anos o interior de Mato Grosso do Sul aumentou a participação no PIB (Produto Interno Bruto de Mato Grosso do Sul) de 70% para 75%, segundo mostra pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) divulgada nesta sexta-feira. A pesquisa destaca a influência do setor agropecuário, que fez com que as cidades de fora dos centros urbanos conseguissem elevar o PIB per capita e a participação geral nas riquezas geradas, seguindo uma tendência verificada em âmbito nacional.

No ano de 2000 Campo Grande gerou riquezas na ordem de R$ 3.621.488.000 de um montante de R$ 11.861.168.000 no Estado, o que significou 30,53%. Já em 2003 o PIB da Capital foi de 4.731.145.000, embora tenha crescido 39% no período, sua participação foi reduzida a 24,94% na riqueza do Estado, que totalizou R$ 18.969.505.000, naquele ano.

Isso porque vários municípios dobraram o PIB no mesmo período. Os números refletem o crescimento do interior do Estado, como é o caso de Corumbá, onde as riquezas geradas no ano de 2003 representam aumento de 100,4% comparado a 2000. Assim, Corumbá aumentou sua participação na economia do Estado de 4,11% (R$ 487.906.000 no ano de 2000) a 5,15% (R$ 977.997.000). Os dados do Caged (Cadastro Geral de Admitidos e Demitidos) ratificam este crescimento. Corumbá fechou o ano de 2000 com 76 vagas negativas no mercado de trabalho e em 2003 foram 328 positivas (diferença entre admitidos e demitidos ao longo do ano). Neste ano até outubro são 633 novas vagas.

No ranking nacional dos 100 municípios brasileiros com maior valor adicionado ao PIB pela agropecuária nove são de Mato Grosso do Sul. São eles (em ordem de classificação): Corumbá (37º no ranking, com R$ 274.378.000 em 2003); Dourados (52º com R$ 256.241.000); Maracaju (61º com R$ 239.162.000);
Ribas do Rio Pardo (62º com R$ 231.417.000); Sidrolândia (em 66º com R$ 221.714.000); Chapadão do Sul (78º com R$ 200.985.000); São Gabriel do Oeste(80º com R$ 196.744.000); Costa Rica (82º lugar com R$ 196.374.000) e Rio Brilhante (86º no ranking com R$ 191.362.000 adicionados ao PIB pelo setor agropecuário).

Embora tenha reduzido sua participação no PIB de 7,89% a 7,55% no período, Dourados é citada na pesquisa do IBGE por ser pólo agroindustrial e agropecuário, com destaque para a indústria de alimentos, onde vêm se expandindo os setores frigoríficos de suinocultura e avicultura, e para a produção de grãos, principalmente de soja e milho.

Outro parâmetro da pesquisa também reforça ou aumento da geração de riquezas no interior: o aumento do PIB per capita. Dentre as 100 cidades brasileiras com maior PIB per capita a única citada em Mato Grosso do Sul é Alcinópolis, que em 2003 teve R$ 29.955 por habitante quando em 2000 eram R$ 11.012. O segundo maior PIB per capita do Estado é de Chapadão do Sul, de R$ 25.229 em 2003 contra R$ 20.107 no ano de 2000. Em Campo Grande no mesmo período o PIB per capita passou de R$ 5.385 a R$ 6.583. A média estadual foi de R$ 8.634 no ano de 2003.

Os dados de geração de riqueza são um dos principais critérios para definição do rateio do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Serviços e Mercadorias). De tudo que o Estado arrecada do imposto, 25% vão para os municípios, o que considerando a receita prevista para o próximo ano, de R$ 2,8 bilhões, representa R$ 700 milhões. Ontem a SERC (Secretaria de Estado de Receita e Controle) divulgou no DOE (Diário Oficial do Estado) os índices definitivos de participação no ICMS. Os dados confirmam a tendência de crescimento do interior.

De uma participação de 26,4741%, no repasse dos 25% do total de ICMS arrecadado em Mato Grosso do Sul este ano, Campo Grande passará a ter 23,63% em 2006. Já Corumbá que neste ano recebeu 6,8122% dos repasses de ICMS feitos aos municípios no ano que vem terá 8,0204%, conforme a tabela divulgada pelo governo.

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