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Interditadas onze propriedades rurais

Mapa Imprensa - 24 de setembro de 2004 - 07:06

O serviço de defesa animal do Amazonas interditou, com apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), 11 propriedades do município de Careiro da Várzea, onde foi detectado um foco de febre aftosa no início do mês. Essas fazendas vão ficar com os animais confinados até que seja concluído o trabalho de erradicação da doença, diz o secretário de Produção Agropecuária, Pesca e Desenvolvimento Rural Integrado do Amazonas, Luiz Carlos Castro de Andrade Neto.

O transporte de animais, produtos e subprodutos de Careiro da Várzea e dos municípios vizinhos para outros estados também está proibido. Com a ajuda da Delegacia Federal de Agricultura e das Forças Armadas, a Secretaria de Produção Agropecuária montou seis barreiras fluviais e uma terrestre, na BR-319, para fiscalizar o trânsito de animais na região. Para Neto, o fato de Careiro da Várzea ser uma ilha facilita o trabalho dos fiscais agropecuários.

“Além disso”, afirma o secretário, “estamos recadastrando o rebanho bovino de 40 mil cabeças de Careiro da Várzea.” Ao mesmo tempo, os fiscais agropecuários estão coletando amostras de sangue dos animais, nas mil fazendas do município, para fazer exames sorológicos. O objetivo é identificar a origem do vírus, tipo C, descoberto em uma propriedade com 34 bovinos, 15 ovinos e um suíno. Desde 1995, esse vírus não era detectado no país.

A erradicação da febre aftosa em Careiro da Várzea e o recadastramento do rebanho bovino da região vão custar mais de R$ 1 milhão aos cofres públicos. O governo do Amazonas, segundo o secretário, já gastou cerca de R$ 350 mil nas ações de controle da doença. “A maior parte dos R$ 800 mil que recebemos do Ministério da Agricultura, por meio de convênio, também deve ser aplicada no combate do foco.”

Neto tranqüilizou os estados vizinhos quanto às medidas adotadas para controlar o foco, evitando assim que a aftosa se alastre pelo Amazonas. “Tomamos todas as providências necessárias para erradicar a doença.” Ele assinala ainda que Careiro da Várzea e os municípios próximos não vendem carnes, produtos ou subprodutos para outras cidades amazonenses e nem para outras localidades da Região Norte.

Defesa – A estrutura de defesa sanitária do Amazonas foi reforçada no final de 2003. O governo estadual contratou 143 técnicos e abriu 42 escritórios de atenção veterinária em municípios localizados entre Manaus e a divisa com o Pará. “Antes, essa região era desprotegida”, lembra Neto. No sul do estado, onde está a maior parte do rebanho, o serviço de sanidade já estava organizado.

O Ministério da Agricultura contribuiu para que o estado reestruturasse o serviço de sanidade. De acordo com o secretário, técnicos do Mapa ajudaram a criar o sistema de zonas – Sul, Baixo Amazonas e Entorno de Manuas, Alto Solimões e Alto Rio Negro – para erradicar a aftosa no Amazonas.

Os resultados já começam a aparecer. Na primeira etapa deste ano da campanha de vacinação contra aftosa no Amazonas, em junho, a cobertura vacinal foi de 87,5%. “Queremos alcançar um índice igual ou superior na segunda fase da campanha, que começa em outubro”, destaca Neto.

Com um rebanho bovino de 1,15 milhão de cabeças, o estado aplica mais de R$ 500 mil mensais em ações de sanidade animal, calcula o secretário. Nas campanhas de imunização, por exemplo, o governo vende vacinas aos pecuaristas com preço subsidiado – R$ 0,60 a dose.

“Também estamos trabalhando para mudar a cultura dos nossos produtores”, enfatiza o secretário. Por isso, os fiscais agropecuários estão tentando sensibilizar os pecuaristas amazonenses sobre a importância da sanidade animal para segurança alimentar e a geração de emprego e renda.

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