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Geral

Informalidade chega a 25% em Mato Grosso do Sul

Correio do Estado - 28 de julho de 2017 - 09:40

A projeção, que equivale a 10 mil pessoas num universo de 40 mil trabalhadores, só não é maior porque indicadores econômicos como inflação dentro da meta, reduções seguidas da taxa Selic (sinalizando queda dos juros até o fim do ano) e gradativa recuperação dos índices de confiança do empresariado apontam para uma estabilização do setor no Estado, após dois anos seguidos de retração.

Entre janeiro de 2015 e junho deste ano, a construção civil sul-mato-grossense perdeu 2.079 postos de trabalho: foram 57.584 admissões e 59.663 desligamentos, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.

No entanto, a não retomada de investimentos por parte do poder público preocupa o setor.

“Há uma característica muito grande de informalidade no nosso mercado. Mas enquanto houver instabilidade política e jurídica, é muito difícil entabular uma base de crescimento. A meta já se fez, há um teto de gastos aprovado, aprovou-se a reforma trabalhista, mas não se alinha produtividade e eficiência com instabilidade econômica. Se o custo da máquina pública permanecer como está e não houver investimento, não se recupera o setor. O governo não pode se limitar apenas a pagar funcionário, tem que fazer investimento”, alerta o presidente do Sindicato Intermunicipal da Indústria da Construção de Mato Grosso do Sul, Amarildo Melo, entidade que tem 297 empresas associadas no Estado. Em Mato Grosso do Sul, são ao todo 1.800 empresas atuando no ramo da construção.

Presidente do Sindicato da Habitação do Estado (Secovi-MS), Marcos Augusto Netto aposta numa redução da margem de informalidade da construção civil a partir do ano que vem em decorrência de uma outra situação de mercado — a entrada em vigor das novas regras para o programa Minha Casa, Minha Vida.

“Pelo MCMV, só poderá vender (imóveis) quem tiver CNPJ”, explicou. Pela normatização, que entrou em vigor em novembro do ano passado, pessoas físicas podem participar do programa desde que as unidades habitacionais sejam vendidas até 31 de dezembro de 2018.

QUALIFICAÇÃO

Outro gargalo do setor, a falta de qualificação, começa a ser combatido neste ano por meio da oferta de cursos na Escola Senai da Construção, inaugurada ontem em Campo Grande.

Com 2.100 vagas em 81 cursos, 70% deles gratuitos, o espaço fica situado no cruzamento da Avenida Rachid Neder com a Rua Caxias do Sul, no Bairro Coronel Antonino e vai oferecer no primeiro ano de funcionamento cursos de pedreiro, armador, carpinteiro, pintor, encanador, gesseiro, técnico em edificações, tecnólogo em construção, técnico em móveis, marceneiro, desenhista em CAD e técnico em segurança do trabalho, nos períodos matutino, vespertino e noturno.

O foco de atendimento é a indústria da construção e o setor moveleiro.

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