A inflação no mês de março recuou para 0,47%, depois de ter ficado em 0,61% em fevereiro. Com esse resultado a inflação oficial acumulada no primeiro trimestre do ano foi de 1,85%, abaixo do percentual de 5,13% relativo a igual período de 2003, divulgou há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A redução na taxa do índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de um mês para o outro é conseqüência, principalmente, da alta sazonal das mensalidades escolares que, em fevereiro, tiveram aumento de 8,11%. Já em março, esse item baixou para 0,66%.

Ainda segundo o Instituto, a queda de 12,87% no preço do álcool combustível foi a maior contribuição para a redução da inflação em março. Em fevereiro o preço do álcool combustível havia caído 2,54%. Caíram ainda os preços da gasolina, de 0,19% para -1,41%. O grupo dos produtos não alimentícios variou 0,48% em março, enquanto em fevereiro a alta havia sido de 0,75%.

Já a taxa dos alimentos voltou a subir e o grupo Alimentação e Bebidas apresentou alta de 0,43%, resultado superior ao de fevereiro (0,15%). Entre os produtos que ficaram mais caros, destacaram-se o óleo de soja, de 1,23% para 7,60%, os ovos, de 0,98% para 6,86%, o azeite, de 1,38% para 5,34% e o sal, de 1,02% para 4,07%.

O IBGE explica que, por causa dos repasses de aumentos ocorridos nos custos de produção, a principal contribuição individual para a inflação de março veio dos automóveis novos, cujos preços subiram 2,33%, depois de uma alta de 1,56% em fevereiro, e dos automóveis usados, cujos preços subiram 1,39% em fevereiro e 1,54% em março.

A maior inflação, de 0,89%, foi registrada em Porto Alegre, onde os alimentos subiram 1,12% e as tarifas dos ônibus urbanos ficaram 4,83% mais caras em função do reajuste de 7%. A menor taxa, de 0,09%, foi em Curitiba. No Rio de Janeiro a inflação em março baixou para 0,11%, ante os 0,63% de fevereiro. Em São Paulo o IPCA subiu para 0,49% depois de ter ficado em 0,45% em fevereiro.

O IPCA se refere às famílias com rendimentos mensais de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas de Porto Alegre, Belém, Recife, Belo Horizonte, Salvador, São Paulo, Fortaleza, Rio de Janeiro e Curitiba, além de Brasília e de Goiânia.