A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE recuou para 0,69% em agosto, depois de chegar a 0,91% em julho. No entanto, a taxa é a maior registrada nos meses de agosto desde 2001.

A gerente de índices de preços do Instituto, Eulina Nunes, disse que a inflação de agosto ainda é considerada alta na comparação com as taxas apuradas desde julho do ano passado. Segundo Eulina, especialmente no índice de agosto, foram observadas pressões nos preços do aço e do ferro.

“Esses dois produtos tiveram impactos importantes sobre o preço de alguns itens ligados a veículos e eletrodomésticos, como acessórios e peças para automóveis, que aumentaram bastante, e os artigos para pequenos reparos do lar. Ou seja, itens de consumo cujos insumos tiveram preços reajustados pelo mercado internacional”, explicou ela.

Os dados divulgados pelo Instituto mostram que o álcool combustível, com alta de 11,49%, em virtude da valorização da cana-de-açúcar no mercado internacional, foi o item que mais pressionou a inflação. Subiram também os alimentos, enquanto desaceleraram os preços das tarifas de energia elétrica, telefone fixo e da gasolina.

Para setembro, Eulina antecipa que a inflação deverá ser pressionada pela segunda parcela do reajuste das tarifas de telefone fixo e pelo aumento da taxa de água e esgoto de São Paulo vigente desde o final de agosto.