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Geral

Inflação para baixa renda é o dobro da dos ricos

03 de julho de 2008 - 16:19

O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) informou nesta quinta-feira (dia 3) que a taxa de inflação para a população de menor poder aquisitivo na cidade de São Paulo, em junho, atingiu 1,48%, mais que o dobro da observada para a população de maior renda, que ficou em 0,72%.

O destaque foi feito pela instituição por meio do ICV (Índice do Custo de Vida) do mês passado, que apresentou variação média de 0,97% ante uma alta de 0,87% em maio.

Além do ICV geral, o Dieese calcula mensalmente mais três indicadores de inflação, conforme os estratos de renda das famílias paulistanas. O primeiro grupo corresponde à estrutura de gastos de um terço das famílias mais pobres (com renda média de R$ 377,49), o segundo contempla os gastos das famílias com nível intermediário de rendimento (renda média de R$ 934,17) e o terceiro reúne as famílias de maior poder aquisitivo (renda média de R$ 2.792,90).

No primeiro grupo, de menor poder aquisitivo, o Dieese apurou que o ICV foi 0,20 ponto porcentual superior à variação de maio (1,28%). No terceiro, de maior renda, a aceleração da inflação foi menor, de 0,04 ponto (0,72% em junho contra 0,68% em maio). No grupo intermediário, o ICV passou de 1,05% para 1,21% no período analisado.

Segundo o Dieese, o forte aumento dos preços dos alimentos prejudicou muito mais as famílias de baixo poder aquisitivo. Em junho, enquanto a alta média da Alimentação em São Paulo alcançou 2,88%, a taxa do mesmo grupo para os mais pobres atingiu 3,43%.

Para o grupo intermediário, o valor médio dos alimentos subiu 3,23%. Para os mais ricos, avançou 2,39%. "Com esta alta estúpida de preços dos alimentos, quem acaba sofrendo mais são os mais pobres", disse a coordenadora de Pesquisa de Preços do instituto, Cornélia Nogueira Porto.

De acordo com o Dieese, estes impactos acentuados têm origem na forma de gastos destas famílias, cujas despesas com alimentação representam 37,16% do total para as do primeiro estrato, 32,42% para as do segundo estrato e 23,23% para as do terceiro estrato.





Agência Estado/JF

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