O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) ficou em 0,27% mês de agosto. O resultado foi 0,12 ponto percentual menor do que os 0,39% registrados em julho pelo IGP-M. O índice, que considera a variação de preços entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês atual, funciona como a primeira prévia da inflação mensal.

De acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira (18) pela Fundação Getúlio Vargas, houve desaceleração dos preços no atacado e na construção civil, enquanto avançaram os preços ao consumidor.

O Índice de Preços por Atacado (IPA) ficou em 0,31%, contra os 0,61% de julho. A redução foi puxada principalmente pelo recuo dos preços das matérias–primas brutas agropecuárias, que passaram da taxa de 1,52% no mês passado para uma deflação de 0,18% no levantamento atual.

Os maiores destaques foram o milho (de 4,70% para –5,22), a cana-de-açúcar (de 6,67 para 0,20%) e as aves (de -0,97% para –7,79%). Houve elevação, no entanto, de 0,38% para 0,60% nos preços de bens finais, que também fazem parte do IPA. A maior contribuição para a aceleração foi dos combustíveis.

O levantamento da FGV também indicou desaceleração no Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) que passou dos 0,52% para 0,41%. Os três grupos componentes do índice - Materiais, Serviços e Mão-de-Obra – tiveram redução em suas taxas de variação.

Em relação aos preços ao consumidor, o movimento foi no sentido contrário. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) que vinha de uma deflação de 0,24% em julho, registrou variação de 0,09%, em agosto. A maior contribuição para o avanço veio do grupo Alimentação, cuja taxa passou de –1,04% para 0,47%. Os maiores aumentos de preço foram observados nas frutas (de –1,36% para 13,06%), nas carnes bovinas (de –1,11% para –0,22%) e pescados frescos (de –1,90% para 0,04%).

Também contribuíram para o avanço do IPC, os preços dos Transportes (–0,34% para 0,19%) e de Educação, Leitura e Recreação (–0,11% para 0,51%). Nos itens ligados ao transporte os principais destaques foram álcool combustível (–4,84% para 2,43%) e a gasolina (–0,61% para 0,10%). No segundo grupo, as maiores influências vieram dos itens show musical (–5,23% par 4,51%) e passagem aérea (0,85% para 2,35%).

Os índices de preços no Atacado (IPA), ao Consumidor (IPC) e da Construção Civil (INCC) têm pesos específicos na composição do Índice Geral de Preços. Eles contribuem respectivamente com 60%, 30% e 10% na formação do índice.