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Indústrias mineiras investem na secagem de soro

Milk Point - 07 de setembro de 2007 - 13:30

Hoje as indústrias de leite de Minas Gerais, que geram cerca de 3,7 milhões de soro por ano, aproveitam o subproduto e lucram. O produto é utilizado na fabricação de produtos lácteos e também pelos setores de panificação e farmacêutico.

A Montelac investiu cerca de R$ 9 milhões na implantação do projeto de secagem do soro. Atualmente, a empresa faz a secagem de 260 mil litros de soro por dia, mas sua capacidade é da ordem de 400 mil litros diários. A demanda dessa matéria aumenta a cada dia, o que pode ser comprovado pelo aumento da necessidade de importação do produto, e isso estimula a buscar a expansão do negócio. Para garantir o abastecimento, a Montelac conta com um grande número de parceiros, como a totalidade de laticínios da região Centro-Sul de Minas, que lhe fornecem a matéria-prima.

São pagos de R$ 0,04 a R$ 0,06 por litro, mas o soro entra na Montelac ao preço de R$ 0,09 por causa do frete.

Segundo o presidente da empresa, José Eustáquio Bernardino de Sena, as encomendas são para grandes fabricantes de ração, fábricas de chocolate e indústrias de panificação.

Até o início de 2008 a Montelac estará operando plenamente e existe um espaço no mercado interno nos próximos cinco anos sem recorrer às exportações, disse o empresário.

A Cooperativa Mineira de Laticínios (Cemil) utiliza o soro em pó desde 2002, segundo a responsável técnica da empresa, Giceli Vieira Reis. A Cemil paga de R$ 0,04 a R$ 0,08 pelo litro de soro. "Utilizamos 17 mil litros dia, em média, nos meses de julho a agosto. O volume de soro equivale a mais ou menos 6% do volume total de matéria-prima processada. A quantidade varia para cima ou para baixo, em função dos produtos que exigem soro em sua formulação", contou.

A Laticínios Porto Alegre, de Mutum, no leste de Minas, também está desenvolvendo o projeto de uma unidade que trabalhará com a secagem de quase 500 mil litros de soro por dia. Atualmente, ela utiliza por meio de arrendamento a unidade da empresa Nutrícia, em Caratinga, também no leste do estado, trabalhando com 270 a 300 mil litros por dia.

Segundo o coordenador do Minas Leite, Luiz Afonso Vaz de Oliveira, o setor de secagem do soro no estado inclui também a Kerry do Brasil, em Três Corações, e o Laticínios Spam, em Manhuaçu. Estas indústrias fazem a secagem de um volume médio de 200 mil litros diários e procuram expandir seus projetos para ocupar os espaços no mercado ainda explorados por indústrias internacionais.

As informações são da Secretaria de Agricultura de Minas Gerais.

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