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Indústrias e residências lideram ranking do desperdício

Alana Gandra/ABr - 03 de fevereiro de 2007 - 15:33

Rio de Janeiro - Os brasileiros, em suas casas, estão em segundo lugar no ranking de quem mais desperdiça energia elétrica no país. De acordo com dados preliminares da Eletrobrás, que vem realizando estudos para avaliar o consumo energético em parceria com universidades, 25% da energia consumida nas casas é desperdiçada. Ou seja, um em cada quatro reais gastos com a conta de luz é devido ao desperdício.

O setor industrial, porém, é o grande campeão, jogando fora 31% da energia que recebe. Esse resultado é responsável por perdas relativas a R$ 1,193 bilhão, que poderiam ser evitadas se as empresas utilizassem aparelhos e serviços mais eficientes.

A lista de piores usos da energia segue com comércio (19%), setor público (5%), saneamento (5%), e iluminação pública (4%). Com o uso de equipamentos eficientes, a economia de energia em todos esses setores somaria R$ 3,859 bilhões, estima a estatal.

Os estudos da Eletrobrás, que fazem parte do Programa Nacional de Conservação de Energia (Procel), pretendem definir formas de reduzir o desperdício de energia. A previsão é que estejam concluídos até 2008.

“Existe desperdício geral mas, muitas vezes, o desperdício não é intencional. Às vezes, ocorre até por falta de recursos para poder investir numa tecnologia mais eficiente”, destaca o chefe da Divisão de Planejamento e Conservação de Energia da Eletrobrás, Hamilton Pollis. "É um círculo vicioso que a gente precisa quebrar".

Pollis considera que a conscientização sobre o uso responsável da energia está melhor. "Mas isso não basta. As pessoas têm consciência de que estão desperdiçando energia, como ocorre no setor de saneamento, mas às vezes faltam condições para que eles possam melhorar essa situação”.

Conforme reconheceu Pollis, a falta de conhecimento técnico e de financiamento impede que as empresas realizem investimentos visando a melhoria de sua eficiência energética. Ele ressaltou ainda a falta de quadros técnicos em empresas e prefeituras, quadros estes que poderiam informar sobre a necessidade de se combater o desperdício.



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