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Indústria lamenta redução tímida nos juros

CNI - 25 de janeiro de 2007 - 08:16

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, lamentou a redução de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic, divulgada hoje pelo Banco Central. Segundo ele, “com o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), um movimento mais conservador da redução da taxa de juros pode ser um sinal invertido em relação a tudo que o governo pretende para criar um ambiente favorável à aceleração do crescimento”.

Com a decisão, a taxa, que estava em 13,25% ao ano, cai para 13% ao ano. “Se há uma percepção de que o ambiente macroeconômico do país está equilibrado, se não existem pressões inflacionárias de curto prazo, havia espaço para uma redução de, no mínimo, 0,5 ponto percentual na taxa de juros”, afirmou Monteiro Neto.

De acordo com os economistas da CNI, uma queda mais expressiva do que a promovida hoje era justificável, não apenas pelo comportamento corrente da inflação, mas também graças ao patamar valorizado do câmbio, fatores que fixam expectativas favoráveis para a inflação no médio prazo – além do recuo recente do risco-país, que expressa a confiança dos agentes internacionais na economia brasileira.

Os economistas da CNI lembram que o setor industrial sofre com o crédito inacessível, reflexo do lento andamento de medidas visando a redução das taxas de juros ativas e do spread bancário – diferença entre a taxa de capitação e a taxa cobrada nos financiamentos pelos bancos -, já que permanece a anomalia da exigência de elevados depósitos compulsórios imposta aos bancos brasileiros, que simplesmente não encontra paralelos no mundo.

Segundo os técnicos da CNI, medidas há muito anunciadas de estímulo à concorrência e à eficiência no sistema bancário, como o Cadastro Positivo e a chamada Conta Salário, também não foram ainda implementadas.

Os economistas da entidade destacam ainda que o governo perdeu a oportunidade de contemplar medidas desta natureza no Programa de Aceleração do Crescimento, já que a redução do custo do capital para os agentes produtivos é condição essencial para o crescimento sustentado.

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