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Indústria foi o setor econômico que mais gerou empregos

Agência Brasil - 28 de dezembro de 2004 - 14:06

A indústria brasileira foi o destaque de 2004 na geração de empregos no país. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, revelam que a indústria gerou um saldo [diferença entre contratações e demissões] de 616.347 empregos formais [com carteira assinada] de janeiro a novembro de 2004, o que representa elevação de 11,43% em relação ao ano anterior. No mesmo período, o setor de serviços registrou um saldo de 536.404 postos de trabalho, seguido pelo comércio (393.029), setor agrícola (204.798), construção civil (86.108), administração pública (22.527) e outros (16.070).

Segundo a Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada em seis regiões metropolitanas do país (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre), a indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água era responsável, em novembro, por 17,7% da população empregada, o que representa um aumento de 4,9% em relação ao mesmo período de 2003.

Dos segmentos da indústria, o Caged apontou o setor têxtil como o segundo maior criador de postos de trabalho, com um saldo 80.885 contratações de janeiro a novembro, perdendo apenas para a indústria de produtos alimentícios e de bebidas (169.558) e à frente de setores que são tradicionais geradores de empregos, como a indústria metalúrgica (53.866) e a química (51.223). O setor inclui desde indústrias de matéria-prima – fios, tecidos e outros – ao de confecções.

Entre os fatores que mais contribuíram para o desempenho da indústria têxtil neste ano, destacam-se o crescimento econômico e o aumento das exportações. "Sem dúvida nenhuma, este ano em relação ao ano passado está incomparável porque o cenário macroeconômico melhorou e, com isso, houve uma recuperação no mercado doméstico. Houve, também, um crescimento das exportações. Só no mês de julho, nossas exportações cresceram 35%", avaliou, em setembro, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Paulo Skaf, na época candidato à liderança da Fiesp.

Skaf termina seu segundo mandato à frente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil – Abit - (1999-2001 e 2002-2004). A próxima diretoria, encabeçada pelo presidente da Companhia de Tecidos Norte de Minas (Coteminas), Josué Gomes da Silva, tomará posse no dia primeiro de janeiro de 2005. Segundo Skaf, o desempenho das exportações pode ser atribuído a um conjunto de esforços, com destaque para o investimento da indústria para aumentar a competitividade e o trabalho em parceria com a Agência de Promoção das Exportações do Brasil (Apex-Brasil) na conquista de novos mercados para os produtos brasileiros.

"Quando iniciamos esse trabalho [com a Apex], tínhamos uma exportação de US$ 1 bilhão e este ano vamos fechar em US$ 2,1 bilhões. Mais do que dobramos as exportações", dimensionou. "Melhor ainda que a ‘dobrada’ das exportações é o superávit comercial. Nós tínhamos, há sete anos, um déficit comercial de US$ 1,2 bilhão e, neste ano, devemos fechar com US$ 800 milhões de superávit comercial", disse.

De acordo com 153ª Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), as exportações deverão crescer no próximo ano para 63% das empresas ouvidas, contra 7% que acreditam em diminuição. O saldo [diferença entre as duas opiniões opostas] de 56 pontos percentuais é maior que o do ano passado, quando 55% previram crescimento para 2004 e 10%, diminuição; totalizando 45 pontos percentuais.

A pesquisa do Ibre/FGV revelou, também, que a indústria brasileira prevê continuidade na contratação de mão-de-obra no próximo ano. Para 47% dos empresários, haverá novas contratações em 2005, contra 6% que prevêem demissões. A diferença de 41 pontos percentuais é bem maior que a verificada em 2003, que foi de 24 pontos percentuais, quando 35% das empresas esperavam contratar neste ano e 9%, demitir.

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