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Índios kaiowá guarani de MS pedem garantia
Os índios da tribo Kaiowá Guarani de Mato Grosso do Sul, após reunião na aldeia Tey'Ikue, divulgaram ontem carta em que pedem que o Ministério Público Federal e a Fundação Nacional do Índio (Funai) recorram da decisão judicial que os tirou do território conhecido como Sombrerito, região do município de Sete Quedas, divisa com o Paraguai.
O território, em conflito desde a década de 80, ainda não foi reconhecido pelo Estado como indígena porque o relatório de identificação antropológico e fundiário da Funai não foi concluído.
De acordo com relato de um dos índios, em Sombrerito foi assassinado o índio Dorival Benites e outros cinco foram feridos e torturados.
Na carta, que manifesta a intenção de mais de 700 índios "cansados de tanto ver nossos direitos desrespeitados e sofrer todo tipo de violência e humilhação", eles exigem ainda a conclusão do relatório, a garantia de permanência na região até que o processo de regularização seja concluído, assistência aos índios de Sombrerito e empenho na retomada do processo de demarcação da Terra Indígena Yvy Katu, que teve a portaria demarcatória suspensa pelo Superior Tribunal de Justiça na semana passada.