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Índice de massa corporal não deve ser usado para todos

Agência Notisa - 18 de novembro de 2008 - 07:00

Muito destaque tem sido dado na mídia leiga em geral para o índice de massa corporal (IMC) e sua relação com a obesidade e as complicações que dela podem advir. Existem sites, inclusive, que oferecem fórmulas para se tirar a medida do IMC. Entretanto, um artigo que aguarda para ser publicado na versão impressa da Revista de Saúde Pública informa que o índice de massa corporal (IMC) não foi um bom indicador para predizer alterações da glicemia e dos lipídios em adolescentes de escolas estaduais da cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, comparado com as referências existentes na pesquisa internacional.



Ana Carolina Vieira e colegas da Uerj, da UFRJ e da UFF analisaram 577 adolescentes entre 12 e 19 anos (210 meninos e 367 meninas) em 2003 para determinar em quais medidas de IMC haveria alterações no perfil de lipídios e da glicemia dos jovens. “As alterações metabólicas de maior prevalência (>50%) foram: colesterol total elevado e HDL-C baixa. O IMC foi capaz de predizer valores elevados de triglicérides nos meninos, LDL-C nas meninas e colesterol total e presença de três ou mais alterações metabólicas em ambos os sexos”, dizem no texto.



Todavia, de acordo com autores, houve baixa sensibilidade e baixa especificidade para esses valores, sendo que “os melhores pontos de corte na amostra estudada (20,3 kg/m² a 21,0 kg/m²) foram inferiores aos propostos pelas outras referências” – quatro referências internacionais utilizadas. “Embora valores de IMC menores do que os das referências internacionais tenham sido preditores de algumas alterações metabólicas em adolescentes brasileiros, o IMC não foi um bom índice para identificar estas anormalidades na amostra estudada”, concluem.



Agência Notisa (science journalism – jornalismo científico)

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