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Inadimplência do consumidor diminui 4,7% em setembro

Benedito Mendonça e Érica Sato / ABr - 03 de novembro de 2005 - 14:03

A inadimplência entre os consumidores do país diminuiu 4,7% no mês de setembro em relação a agosto, segundo balanço da Serasa, empresa privada de pesquisas e análises financeiras, divulgado na terça-feira (1). Em agosto, a inadimplência havia subido também 4,7% em relação a julho.

"As variações indicam uma relativa estabilidade na inadimplência da pessoa física nos últimos meses já que a queda registrada em setembro compensa o aumento verificado em agosto", aponta o relatório da empresa. Na avaliação da Serasa, a relativa estabilidade e a queda da inadimplência foram motivadas pelo "aumento na massa de salários, decorrente da elevação da renda média real e da relativa estabilidade nas taxas de desemprego".

A inadimplência de pessoas físicas em setembro deste ano foi 17,8% maior do que a registrada em setembro do ano passado. No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, a Serasa indica alta de 14,1%.

Os técnicos da empresa também afirmam, segundo o comunicado, que a alta da inadimplência ao longo dos meses é resultado da expansão do crédito financeiro destinado à pessoa física e do aumento do crédito no varejo para a compra de bens de consumo duráveis. Nesse sentido, observam ainda que a inadimplência vem crescendo a um ritmo menor do que o crédito. Como exemplo, citam que o saldo de operações de crédito do sistema financeiro para as pessoas físicas aumentou 18% em setembro deste ano, em relação a setembro de 2004.

"Se a gente olhar essa proporção: expansão da inadimplência menor que a expansão no crédito, é de se esperar que uma parte esteja sendo utilizada para a liquidação de dívidas anteriores", afirma o assessor econômico da Serasa, André Chagas.

Ele aposta na manutenção da queda do índice de inadimplência e na expansão do crédito. "Os mais recentes indicadores mostram que o crédito deve continuar se expandindo e, para isso, contribuem as operações consignadas, a austeridade fiscal do governo, que libera recursos do sistema bancário para empréstimo privado, e a redução da taxa de juros", diz.

Segundo a Serasa, o meio de pagamento com maior registro de inadimplência foi o cheque sem fundo, seguido por dívidas em por cartões de crédito e financeiras, depois por dívidas com bancos e, finalmente, por títulos protestados.

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