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Ídolo no São Paulo, Gérson, o Canhotinha de Ouro, completa 70 anos

Fabrício Cortinove Pelachine, FPF - 11 de janeiro de 2011 - 17:04

Nesta terça-feira, um dos maiores jogadores brasileiros de todos os tempos completa 70 anos. Trata-se de Gérson de Oliveira Nunes, ou simplesmente Gerson, meio campista nascido em Niterói, no Rio de Janeiro e que iniciou a carreira no Flamengo (RJ), e em seguida atuaria pelo Botafogo (RJ), São Paulo, até encerrar a carreira no Fluminense (RJ).

Apelidado de “Canhotinha de Ouro”, o meia se destacava nos tempos de profissional com chutes e lançamentos perfeitos que percorriam mais de 40 metros até chegar aos pés dos atacantes para se consagrarem marcando gols. Além da precisão nos passes, o canhoto representava a raça e a liderança nas equipes por que passou durante a carreira.

O sucesso do jogador não foi apenas nos clubes, pois o ‘canhotinha de ouro’ ainda defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo realizada na Inglaterra, em 1966, e em 1970, quando foi titular do time considerado por muitos, o melhor que já existiu, vencendo o tri-campeonato mundial, no México, em 1970 encantando milhares de telespectadores que acompanhavam a decisão contra a Itália, vencida pelo Brasil por 4 a 1.

Este time ficou marcado por ter cinco jogadores que atuavam com a camisa 10 em seus respectivos clubes. E Gérson era um destes representantes, pois usava este número no São Paulo, assim como Tostão no Cruzeiro (MG), Jairzinho pelo Botafogo (RJ), Rivelino no Corinthians, e finalmente Pelé no Santos.

E o craque de tantos times não decepcionou nesta competição. Com 87 atuações pela seleção brasileira principal, e 14 pela olímpica, Gérson defendeu as cores da camisa canarinho neste mundial em cinco oportunidades, sendo fundamental na conquista do título, participando do terceiro gol marcando e marcando o segundo com um chute forte de fora da área.

De acordo com o companheiro de Gérson nesta conquista, o ponta-direita Jairzinho, o meio- campista foi fundamental na vitória contra os italianos. ”Ele contribuiu com inteligência e muita técnica. Primeiro colocando a bola no peito do Pelé e depois fazendo um golaço. Teve uma participação maravilhosa naquela Copa”, lembrou-se um dos destaques do grupo dirigido por Zagallo.

Futebol Paulista

Com o São Paulo vivendo um jejum de 13 anos sem títulos, a diretoria da equipe montaria um time de craques, contando com a presença de Pablo Forlan, Roberto Dias, os jogadores de frente, Toninho Guerreiro e Paraná, além do próprio Gerson, para consagrar-se campeão paulista, em 1970. Sobre o comando de Zezé Moreira, o São Paulo venceu o Guarani, por 2 a 1, e garantiu a conquista do Campeonato Paulista, com uma rodada de antecedência.

Em 1971, o clube do Morumbi repetiria a dose no Campeonato Paulista. Desta vez dirigido por Osvaldo Brandão, o São Paulo ganhou o título contra o Palmeiras ao derrotar o adversário, por 1 a 0. Companheiro de Gérson nesta conquista, o ex-jogador, Paraná, falou das qualidades daquele time. “Fomos bicampeões paulista em um time muito bom que tinha ele, Pedro Rocha, entre outros. Era fácil de se jogar com aquela equipe”, afirmou.

Paraná ainda exalta as qualidades do aniversariante. ”Foi um dos maiores com quem joguei. Ele (Gérson) lançava mais do que qualquer outro e nós também dávamos opção para o seu jogo, naquele tempo não existia dificuldade. Corríamos, lutávamos e não ganhávamos bem como hoje, mas éramos diferentes”, afirmou o ex-ponta-esquerda que ainda discorda da fama de Gérson ser polêmico. “Era uma boa pessoa e não tenho nada do que reclamar dele”, concluiu.

Companheiro de seleção brasileira de Gérson, o furacão da Copa de 70, Jairzinho, apontou o ex-são paulino como um profissional diferenciado. “Ele sempre foi importante para o futebol brasileiro. Enquanto muitos corriam com a bola, o Gérson colocava a bola nos pés de quem queria. Respeito os outros, mas não vi ninguém igual”, explicou o artilheiro do mundial do México sobre o hoje comentarista esportivo.

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