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Içami Tiba: Autor e profissional imortal

Maria José Assis (*) - 03 de agosto de 2015 - 08:42

Todo educador se baseia em alguém para desenvolver o seu trabalho. Creio que no Brasil, um dos mais inspirados seja Içame Tiba.

Palestrante, educador, autor, médico psicoterapeuta, atuou assim por muito tempo, e agora, com 74 anos, foi convidado por Deus a morar num lugar diferente, onde não reina desordens, nem infelicidade, mas antes de partir nos deixou seu exemplo e suas palavras que se tornarão eternas.

“Quem ama educa”, como seus vocábulos, ele também se tornou imortal. Não há como passar pelo papel de docente ou de pais e não seguir as orientaçoes desse formidável homem, que muito contribuiu e contribuirá para a melhoria da educação e da família.

Estamos acostumados a dizer sim para nossos pequenos, para tudo que eles almejam ou pedem. Esquecemos, muitas vezes dos conselhos dele, de que a criança precisa ter limite, deve aprender a ser educada, não somente pelo “obrigado...ser educado é ser ético, progressivo, competente e feliz” , “que o professor tem que sair da sua comodidade de levar matéria que aprendeu há 20 anos e ficar repetindo”, ele tem que estimular, ser parceiro na construçao do saber.

Içame será saudade para todos os brasileiros nessa pátria que hoje é regida por leis absurdas, na qual a palmada já é motivo de processo, onde a falta de limite reina em todos os lugares. Pais se tornam filhos e vice-versa; crianças que comandam a casa com seus jeitinhos.

Nessa inversão de valores, esse educador vai fazer falta. Quem alertará os futuros cidadãos do Brasil? Questão difícil de ser respondida, mas motivo de reflexão para os responsáveis por esse destino. Os “Anjos Caídos”- título do livro há pouco lançado por esse ilustre autor, ficarão com asas cortadas por mais tempo. Uma perda irreparável para os pais, para a escola, para a sociedade em geral.

Só nos resta conformar com esse triste destino e acreditar que sua imortalidade nos trará o passo a passo nessa cartilha da vida, na qual daremos continuidade naquilo que ele começou quando afirmou que “a educação não pode ser delegada à escola. Aluno é transitório. Filho é para sempre”.

(*) Maria José de Assis, professora.

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