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IBGE:Cai o número de trabalhadores na indústria paulista

Daisy Nascimento/ABr - 15 de abril de 2004 - 17:47

A oferta de emprego na indústria cresceu 0,3%, em fevereiro em relação a janeiro de 2004, mas apresentou queda de 0,9% na comparação com fevereiro de 2003. O índice também foi negativo no acumulado do ano (-1,2%) e nos últimos 12 meses (-1,0).

Os dados, divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que no confronto fevereiro 2004/fevereiro 2003, a queda de 0,9% na oferta de emprego foi resultado dos desempenhos negativos de nove dos 14 locais e dez das 18 atividades pesquisadas. De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário, a indústria paulista foi a que teve o pior desempenho, com redução de 1,8% no número de trabalhadores. O resultado nacional foi afetado principalmente pelas pressões dos setores de vestuário (-11,8%), papel e gráfica (-6,4%) e têxtil (-6,1%).

A pesquisa do IBGE mostra ainda que o número de demissões superou o de admissões, no primeiro bimestre de 2004, em dez áreas. Dentre elas, São Paulo (-1,9%) e Rio Grande do Sul (-4,1%) destacaram-se com as principais influências negativas.

Em fevereiro de 2004, a folha de pagamento da indústria apresentou resultado positivo de 10,1% em comparação a fevereiro no ano passado e de 8,4% no acumulado do ano, mas houve queda de 2,0%, nos últimos doze meses. Na folha média de pagamento das empresas a pesquisa revela aumentos nos índices mensal (11,1%) e acumulado (9,7%) e recuo no indicador dos últimos doze meses (-1,0%). Entre fevereiro e janeiro, descontados os efeitos sazonais, houve aumento de 4,3% nos salários dos trabalhadores da indústria, o que pode ser explicado, de acordo com o IBGE, pela queda da inflação e o pagamento dos benefícios.

Na comparação com fevereiro do ano passado apenas o Espírito Santo, das 13 localidades pesquisadas, apresentou retração na folha de pagamento. O quadro também foi de crescimento na maior parte dos ramos pesquisados com destaque para os setores de máquinas e equipamentos (30,6%), produtos químicos (16,9%) e alimentos e bebidas (10,1%).

O total do número de horas pagas pelas indústrias aos trabalhadores teve um aumento de 2,2% em relação ao mês de janeiro, já descontado o efeito sazonal. No indicador mensal, observou-se uma pequena queda de 0,2%, mas os indicadores mais abrangentes tiveram retrações maiores: de 1,0% no acumulado do ano e de 1,2% no acumulado dos últimos 12 meses.

Os funcionários das indústrias trabalharam mais em fevereiro. A jornada, entre fevereiro e janeiro, teve um aumento de 0,6%, segundo o indicador de média móvel trimestral, revertendo a trajetória descendente iniciada em dezembro de 2003. Na comparação fevereiro 2004/fevereiro 2003, o indicador do número de horas pagas foi parcialmente influenciado pelo menor número de dias trabalhados em fevereiro de 2004 em relação a fevereiro de 2003, uma vez que no ano passado o Carnaval foi comemorado no mês de março. Nove dos quatorze locais e nove dos dezoito ramos pesquisados exibiram redução nas horas pagas. Em termos setoriais, os resultados mais expressivos foram os dos segmentos de vestuário (-11,4%) e têxtil (-5,2%). Os estados Rio de Janeiro (-5,7%), Rio Grande do Sul (-2,1%), e Espírito Santo (-5,5%) foram os que mais influenciaram negativamente o resultado nacional.

No acumulado janeiro-fevereiro, o número de horas pagas diminuiu 1,0%, em relação ao mesmo período do ano anterior. Contribuíram negativamente onze locais e onze dos setores industriais. Os maiores impactos negativos foram observados em São Paulo (-1,4%), Rio Grande do Sul (-3,6%) e Rio de Janeiro (-5,2%). No âmbito setorial, a maior pressão negativa foi verificada nos setores de por vestuário (-11,5%) e têxtil (-6,8%).

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