Cassilândia Notícias

Cassilândia Notícias
Cassilândia, Sexta, 29 de Março de 2024
Envie sua matéria (67) 99266-0985

Geral

IBGE mostra que esgoto o é a principal fonte de poluição

Cristiane Ribeiro / ABr - 22 de março de 2004 - 13:53

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta segunda-feira, Dia Mundial da Água, uma publicação que revela, em mapas, a real situação dos recursos hídricos no país entre 1998 e 2000. O Atlas do Saneamento mostra que o esgoto sanitário, que é coletado em pouco mais da metade (52,2%) dos 5.507 municípios brasileiros, é a principal fonte de poluição de nossos rios e lagoas. Em onze anos, a cobertura da rede de esgoto no país aumentou apenas 10%. Para se ter uma idéia, a bacia do Rio Paraíba do Sul, a mais densamente povoada do país, apresentou níveis de poluição por coliformes fecais duas vezes maior do que o padrão estabelecido pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).

Já o abastecimento de água atinge praticamente toda a população. Apenas 2,4% dos brasileiros, a maior parte nas regiões Norte e Nordeste, não têm acesso à rede de água, sendo obrigados a usar chafarizes, fontes, poços artesianos ou caminhões pipas.

Uma informação relevante é que de todo o volume de água distribuída no país, 7,2% não recebem qualquer tipo de tratamento. O percentual é quase duas vezes maior do que o registrado em 1989 (3,9%).

Para a coordenadora de Geografia do IBGE, Maria Luiza Castello Branco, a maior disponibilidade econômica das regiões Sudeste e Sul permite que os serviços de saneamento básico sejam mais estruturados, “enquanto nas regiões Norte e Nordeste, além do fator econômico, a própria dispersão da população dificulta a universalização destes serviços”.

A coleta de lixo é apontada como o serviço básico de saneamento de maior abrangência do país. O problema é a destinação final, pois 63% dos municípios utilizam os lixões. No período das chuvas, a água arrasta o lixo para as galerias pluviais, provocando inundações e trazendo doenças como a leptospirose e a diarréia. “Existe um movimento que são os comitês de bacias hidrográficas, criados para gerir os conflitos relativos ao tratamento e ao uso da água. Então, a proposta é o fortalecimento desses comitês”, acrescentou Maria Luiza.

SIGA-NOS NO Google News