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IBGE mostra dados da nova realidade brasileira

Agência Câmara - 28 de maio de 2004 - 09:05

Desde a década de 40, o Brasil mudou sua cara, apresentando muitos avanços sociais, como diminuição da taxa de analfabetismo e queda da mortalidade infantil. A expectativa de vida, que na década de 40 era de apenas 40 anos, em 2000 já era de 70 anos de idade. O que não mudou nesse tempo foi a grande desigualdade regional no País, observada principalmente das regiões Norte/Nordeste em relação ao Sul/Sudeste. As informações foram apresentadas pelo presidente do IBGE, Eduardo Nunes, durante o seminário "Brasil em Dados", realizado nesta quinta-feira.

Desigualdade regional
"Os sete maiores Produto Interno Bruto estaduais do País são os mesmos há 20 anos. Ninguém mudou de posição. Quer dizer, 85% da renda nacional continuam, nos últimos 20 anos, concentrados nos mesmos sete maiores estados, e, entre eles, nenhum troca de posição. A estabilidade do padrão de desigualdade regional é uma característica também dessas estatísticas", afirma Eduardo Nunes.
Os números apresentados pelo IBGE refletem essa desigualdade. O Brasil tem uma taxa de 26% de analfabetismo funcional, ou seja, menos de quatro anos de estudo por pessoa. Nesse universo, o estado de Alagoas apresenta 48% de analfabetos funcionais enquanto no DF, eles representam apenas 13 em cada 100 habitantes.

Novo censo agropecuário
Eduardo Nunes anunciou que o IBGE está preparando para o ano que vem um novo Censo Agropecuário, que será concluído em 2007 e uma nova Contagem Populacional, a ser divulgada em setembro de 2006. Para o trabalho, serão utilizados 65 mil recenseadores na área rural e 170 mil para a coleta de dados nos domicílios urbanos e no campo. O último censo populacional do IBGE revelou 175 milhões de brasileiros em 2003. Os recursos para a nova contagem estão previstos no Plano Plurianual de Investimentos.

Déficit habitacional
Durante o seminário, o presidente do IBGE apresentou uma série de dados relativos à educação, moradia, saneamento básico, distribuição de renda entre outros. Na questão habitacional, um dado chamou a atenção: enquanto existe um déficit habitacional de 6 milhões de moradias no Brasil, o IBGE constatou que existem 4,5 milhões de casas abandonadas pelo País. Segundo o presidente do IBGE, Eduardo Nunes, a partir dessa pesquisa pode-se fazer um programa de recuperação de moradias voltado para a diminuição do déficit habitacional.

Emprego e exclusão digital
O presidente do IBGE informou ainda que o instituto pretende realizar, a partir do ano que vem, uma nova pesquisa de emprego e desemprego. Segundo Eduardo Nunes, a metodologia para esse novo trabalho que poderia passar a ser trimestral e não mensal como atualmente, já está em estudo pela equipe técnica do IBGE.
Os dados apresentados por Eduardo Nunes confirmam a exclusão digital da maioria da população brasileira. De acordo com o instituto, apenas 14,2% dos lares brasileiros têm computador e só 10,3% têm acesso à Internet. No entanto, mais da metade da população (61,5%) tem telefone fixo ou celular.

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Reportagem - Adriana Magalhães e Adriana Romeo
Edição - Ana Felícia


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