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Ibama não tem dados precisos do desmatamento no Pantanal

Aline dos Santos / Campo Grande News - 03 de fevereiro de 2006 - 14:16

O presidente interino do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis), Valmir Ortega, disse hoje, durante reunião com técnicos do MMA (Ministério do Meio Ambiente) e da organização não-governamental Conservação Internacional, que o instituto não dispõe de dados completos sobre o desmatamento no Pantanal.
De acordo com ele, embora se saiba que tem havido "um crescimento significativo do desmatamento do Pantanal", o Ibama não dispõe de dados completos sobre a extensão disso. "Estamos apurando os dados que os diversos estudos têm, para chegarmos a um número mais próximo possível do real".
Ele lembrou que, no caso do Pantanal, a planície de inundação que caracteriza a região, com uma vegetação rasteira e pastagem nativa, dificulta a avaliação do desmatamento.
Segundo Ortega, o encontro serviu para examinar um conjunto de estudos e avaliar a metodologia de cada uma dessas instituições para combater o desmatamento. "Dessa forma, temos uma avaliação dos dados mais precisa para tomar decisões no sentido de ampliar a fiscalização e o controle sobre o desmatamento na área", afirmou.
Segundo a diretora do Programa Pantanal da ONG Conservação Internacional, Mônica Barcelos, a estimativa é de que, até 2004, 17% da área do Pantanal já haviam sido desmatados. "Para a Bacia do Alto Paraguai, onde o Pantanal está inserido, essa porcentagem sobre para 44,5%", observou. De acordo com a Agência Brasil, ela alertou sobre um dado que considera ainda mais preocupante. "Entre 2000 e 2004 a taxa com que esse desmatamento tem ocorrido chegou a 2,3%. Se isso for mantido, em 45 anos teremos perdido toda a vegetação nativa do Pantanal".
O encontro foi realizado no Ceman (Centro de Monitoramento Ambiental), em Brasília, e discutiu a metodologia utilizada pelo Ibama e pela Conservação Internacional na detecção do desmatamento no Pantanal.

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