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Iagro: só um veterinário para cada grupo de 240 mil bois

Campo Grande News - 14 de outubro de 2005 - 15:18

A Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Vegetal e Animal) possui 200 médicos veterinários para cuidar de 24 milhões de cabeças de gado em Mato Grosso do Sul.

Se o número pode parecer insuficiente, na prática a realidade é ainda mais complicada porque metade do efetivo da agência está envolvida com funções administrativas ou com a inspeção em frigoríficos. Isso significa que cada médico veterinário é responsável por fiscalizar 240 mil bovinos.

A informação é do presidente do CRMV (Conselho Regional de Medicina Veterinária), Roberto Rachid Bacha. “O que mais falta para combater a aftosa é uma maior fiscalização”, disse.

“O maior culpado por casos de aftosa não é o produtor, mas os governos estadual e federal que não liberam dinheiro e nem dão estrutura para o combate a aftosa”, disse o médico veterinário. Segundo Bacha, a precariedade da fiscalização favorece fraudes na vacinação.

O presidente do CRMV condenou a intenção da Iagro de ‘afrouxar’ a fiscalização a partir do próximo ano. “Eles queriam parar de exigir a devolução do frasco da vacina. O CRMV foi contra. E a secretaria de Produção chegou a anunciar, juntamente com a Iagro, que pararia a vacinação de fevereiro. Isso é muito perigoso”, disse.

A vacinação contra a febre aftosa acontece em três etapas, em fevereiro (para animais de zero a 12 meses de idade), em maio (de 12 a 24 meses de idade) e em novembro (todo o rebanho). Cada animal deve ser vacinado duas vezes por ano contra a aftosa.

Outro lado - Segundo a assessoria de imprensa da Iagro, não existe a possibilidade de que o gado contaminado encontrado na fazenda Vezozzo, em Eldorado - cidade distante 435 quilômetros da Capital – não tenha sido vacinado. Segundo ela, a vacinação de todo o gado da cidade foi acompanhada por veterinários da agência. Além disso, os animais, que foram sacrificados, tinham marca de vacinação.

A Iagro também não acredita que as vacinas tenham sido mal armazenadas, o que afetaria a eficiência da medicação.

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