Primeira vez registrada em Mato Grosso do Sul, a apreensão de vacinas roubadas contra febre aftosa, ocorrida em Bataguassu, faz com que a Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) alerte sobre os riscos que esse tipo de produto pode trazer. O problema, explica o diretor-presidente da Agência, João Cavalléro, é que o produto é biológico e precisa ser conservado a uma temperatura de 2ºC a 8ºC. “Não se sabe como isso ficou durante o período em que esteve roubado, é preciso que seja destruído”, afirma.
Diante desta preocupação a Iagro entrou em contato coma Central de Selagem de Vacinas em Vinhedo (SP), para que seja avisada com antecedência toda vez que houver ocorrência de roubo. Os produtores devem estar atentos para a questão e comprar as doses sempre em estabelecimentos cadastrados na Iagro e credenciados pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária). A apreensão de 130 mil doses ocorreu na última segunda-feira em ação conjunta da Iagro, Polícia Civil e Secretaria Estadual de Receita e Controle. Junto de 225 frascos de medicamento veterinário, as doses seriam levadas para Ponta Porã e provavelmente comercializadas no Paraguai por R$ 160 mil, segundo a Polícia Civil.
Cavalléro afirma que o sistema de vigilância ativa é constante para observar tanto a movimentação de produtos veterinários quanto de animais. “Toda fronteira com Países é complicada, não é exclusividade de Mato Grosso do Sul ou do Brasil. A gente sofre um pouco mais por isso”, afirma.