Cerca de metade da população adquire o vírus HPV em algum momento da vida. O papilomavírus humano atinge homens e mulheres e pode aparecer em qualquer idade. No homem, o vírus geralmente não causa complicações. Já no caso das mulheres, ele tanto pode desaparecer sozinho, provocar verrugas na genitália, como pode levar ao câncer de colo de útero. Por isso, a importância do exame ginecológico preventivo. É por meio dele que o médico pode diagnosticar e avaliar o estágio da doença. O maior problema é quando o organismo não consegue eliminar o vírus rapidamente. Alguns fatores dificultam a cura do HPV, como explica o médico ginecologista do Instituto Nacional do Câncer, Luís Matias.


"Um dos fatores que torna a doença persistente é a mulher ser fumante. Então, o tabagismo é um fator que diminui a reação imunológica contra o vírus. O vírus não sendo destruído pelo próprio organismo, ele tende a ser mais duradouro e pode evoluir para um câncer. Outra coisa, também, são pessoas que, por exemplo, quem fez transplante de rim que usa imunossupressor, essa pessoa tem um fator de risco, o portador de HIV também, são fatores de risco."

A principal forma de contágio do HPV é a relação sexual. Hoje, existe uma vacina preventiva. Mas a proteção é oferecida apenas na rede particular e não cura quem já adquiriu a doença. Assim, a camisinha ainda é a maneira mais barata e eficaz de evitar o HPV.

De Brasília, Cynthia Ribeiro