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HPV: Câncer de colo de útero mata 230 mil mulheres/ano

Agência do Rádio - 26 de setembro de 2008 - 07:11

Todo ano, cerca de duzentas e trinta mil mulheres morrem no mundo vítimas de câncer no colo do útero. Uma das principais causas desse tipo de câncer são as lesões provocadas pelo papiloma vírus humano, o HPV. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer, o Inca, estima que mais de dezoito mil casos vão ser diagnosticados este ano. Existem mais de cem subtipos do vírus, mas só vinte deles podem evoluir para o câncer. O contágio acontece principalmente pela atividade sexual. Segundo a ginecologista Ceres Oyama, somente dez por cento dos casos de HPV resultam em lesões no colo do útero. Os outros noventa por cento dos casos são resolvidos sem maiores complicações. Por isso, a ginecologista considera alto o número de mortes causadas pela doença.


"Destas 10% que apresentam lesões, 30% é que podem desenvolver o câncer num período de dez anos, ou seja, nós temos aí dez anos para prevenir e evitar que lesões pré-cancerígenas para que a paciente não tenha câncer. Quando a gente olha e verifica todo esse tempo que a gente tem disponível para prevenir o câncer de colo de útero, nós achamos um absurdo, realmente, essa incidência de câncer no País."

Segundo Ceres Oyama, o HPV nem sempre apresenta sintomas. Por isso, é importante que as mulheres façam acompanhamento ginecológico constante. Também é preciso fazer exames como o Papanicolau pelo menos uma vez por ano.


"Deve ser feito a partir dos 18 anos ou até seis meses após o início da atividade sexual. Esses exames devem ser feitos anualmente, entretanto, esse intervalo pode ser modificado, pode ser que a gente precise reduzir esse intervalo para seis meses, dependendo das alterações encontradas, e o contrário também pode acontecer, aquela paciente que apresenta três anos seguidos normais, sem nenhuma alteração, ela pode começar a fazer os exames a cada três anos."

A ginecologista afirma que a melhor maneira de evitar a contaminação pelo HPV é o uso da camisinha. O tratamento é feito dependendo da gravidade do vírus. Na maioria dos casos, apenas uma pomada é suficiente, mas nos tipos mais graves, pode ser preciso retirar todo o útero ou parte dele.

Reportagem, Luciana Cobucci

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