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Horticultura de Mato Grosso do Sul atende 35% da demanda interna

Campo Grande News - 14 de fevereiro de 2015 - 18:30

A produção de hortaliças de Mato Grosso do Sul atende 35% da demanda interna. O percentual pode não parecer animador, mas indica uma mudança bastante significativa para o Estado, que há cinco anos importava quase todas as hortaliças que consumia. E um fator determinante para o desenvolvimento da agricultura familiar do Estado tem sido a atuação do Senar/MS (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de MS), que oferece regularmente o curso “Implantação e Manejo Básico de Horta”. Entre os dias 18 e 20 de fevereiro, o curso será oferecido em Bela Vista.

Segundo o instrutor Carlos Crestani, do Senar/MS, o aumento significativo na horticultura é reflexo de incentivos recebidos pelo produtor, mas ainda está faltando valorização do produto por parte do mercado. Para buscar apoio e suporte, o produtor familiar pode contar com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e recorrer a programas como o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) e o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), por exemplo.

O custo para investir em horticultura comercial pode variar de R$ 8 mil a R$ 12 mil para uma área de meio a um hectare, o que inclui estufa, telas, insumos, adubo, sementes e irrigação. Segundo Crestani, a mão de obra de uma família, com no mínimo três pessoas, é suficiente. “É importante que a família esteja envolvida no negócio, pois todos contribuem de certa forma. Com um bom planejamento, o lucro líquido mensal gira em torno de R$ 6 mil”, destaca o instrutor do Senar/MS, ao afirmar que além do investimento com capital, é necessário que o produtor invista em conhecimento técnico e faça um planejamento de pesquisa. “Ele precisa saber para quem e o que ele pode vender na região dele, além de estudar o que o comércio carece”, ressalta.

Durante a capacitação oferecida pelo Senar/MS, a parte prática abrange planejamento estratégico, tratos culturais como a importância do preparo do solo com matéria orgânica, adubação, poda, irrigação, a necessidade da implantação de sombrites ou estufas – que isolam o calor e o excesso de chuvas –, o cuidado com pragas e doenças e as etapas finais de colheita e comercialização.

Uma alternativa para aproveitar o que não foi comercializado é a produção de compotas e conservas. Com um quilo de cenoura, que custa em média R$ 4, é possível produzir dois potes de conserva, vender a R$ 9 cada um, e ter pelo menos 150% de lucro. O curso “Implantação e Manejo Básico de Horta” tem 24 horas de duração e limite de 15 participantes. Para mais informações, acesse www.senarms.org.br, ligue (67) 3320-9700, ou entre em contato com o Sindicato Rural do seu município.

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